Nota do Blog: 10,0
IMDB
Tudo parece estar em perfeita ordem em O Abrigo; este cenário, propositalmente idealizado, é um recurso bem engendrado para elevar o tom de tragédia iminente.
O anticlímax da família feliz se inicia na revelação da atormentada psique de Curtis, o pai da família. A desconstrução deste personagem se ilustra em suas visões apocalípticas, pesadelos desconcertantes e sentimento de isolamento.
Para o espectador, assim como para Curtis, a internação pregressa de sua mãe, vítima de esquizofrenia, instaura a dúvida constante entre o que é realidade ou transtorno psiquiátrico.
Inicialmente discreto, o protagonista constrói o abrigo para proteger sua família do apocalipse que se aproxima; obviamente não demora muito para que a obsessão afete seu trabalho, casamento, amizades e reputação.
A ambiguidade de O Abrigo é sua melhor característica; o desconhecimento do que ocorre em termos concretos nos traz empatia com seus personagens e eletriza a película.
De quem ou de que o pai deve proteger sua família? A resposta poderá ser diferente para cada um que assistir.
Doença ou realidade; subconsciente ou presságio; dúvida ou ação; o resultado é evidente: o paraíso não existe mais.
Pontos Baixos: Não há.
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