quinta-feira, 30 de abril de 2009

Rio Congelado (Frozen River)

Diretor: Courtney Hunt

Elenco: Melissa Leo, Misty Upham, Michael O'Keefe, Mark Boone Junior, Charlie McDermott, James Reilly, Dylan Carusona

Gênero: Drama

Ano: 2008








A travessia de imigrantes ilegais através de um rio congelado na divisa entre EUA e Canadá é o que une duas mulheres desesperadas pela sobrevivência na dura paisagem congelada do interior do estado de Nova Iorque.

Diferentes em quase tudo exceto na insatisfação de viver eternamente frustradas a mohawk Lila e a americana Ray resolvem arriscar a realizar tal travessia ilegal para juntar algum dinheiro e conseguir coisas simples como um jantar decente, aquecimento num trailler ou mais importante uma casa melhor e reaver a guarda de um filho.

Courtney Hunt em sua estreia reúne um elenco desconhecido num tema batido, mas sua direção segura que não apela ao melodrama consegue envolver o espectador no clima tenso e desesperador de mulheres que já não sabem mais ao que apelar pra resolver seus problemas.

Há uma correspondência imediata do drama entre as duas, mas a relação não se aprofunda ao primeiro contato afinal ela se iniciou por pura e simples necessidade de sobrevivência.

O roteiro de Rio Congelado não se entrega ao desfecho previsível e auxiliado pela poderosa interpretação de Melissa Leo nos proporciona mais um filme interessante oriundo do cinema independente norte-americano.

Um drama simples, tenso e sem soluções prontas. Vale a pena ver o quanto o sonho americano está distante.


Pontos Altos: Melissa Leo, relações familiares bem construídas, desfecho interessante, os filhos de Ray

Pontos Baixos: Não tem nenhum muito relevante

Bolt - Supercão

Diretor: Byron Howard, Chris Williams

Elenco: Miley Ray Cyrus, John Travolta, Nick Swardson, Malcolm McDowell

Gênero: Animação

Ano: 2008







Ao contrário do seu passado hegemônico no universo cinematográfico infantil, a Disney atualmente luta contra uma grande e competente concorrência. No entanto, sua união recente com a Pixar lhe proporcionou um avanço na criação das animações que podemos perceber neste primeiro lançamento Bolt – Supercão.

Apesar de Bolt não ter alcançado o estrondoso sucesso de outros títulos infantis, a animação da Disney é acima da média e extremamente competente em diversos sentidos o que significa diversão certa para crianças e adultos e o retorno do Estúdio aos seus bons tempos.

Sinteticamente o cão do título é um astro de um programa de ação e espionagem com sua dona Penny, só que o cachorrinho acredita que todo perigo que corre é real e que realmente possui superpoderes.

Obviamente Bolt se desencontra de sua dona e abandona o fictício mundo do estúdio de gravação. A epopéia de Bolt fora dali e suas descobertas são especialmente divertidas, o já tradicional humor inteligente e rápido das animações com coadjuvantes excelentes não decepciona em momento algum.

Acompanhar o carismático Bolt e seus amigos na sua missão vale absolutamente à pena.


Pontos Altos: John Travolta e sua voz surpreendentemente jovem, ótimos coadjuvantes, excelentes cenas de ação

Pontos Baixos: Miley Ray Cyrus como Penny

Austrália

Diretor: Baz Luhrmann

Elenco: Hugh Jackman, Nicole Kidman, David Wenham, Bryan Brown, Bruce Spence, Jack Thompson, Bill Hunter

Gênero: Drama/Aventura

Ano: 2008








Um épico melodramático de enormes proporções com amor impossível, injustiças sociais, superação de obstáculos, humor inocente e uma criança especial e perseguida como a narradora.

Austrália busca sua identidade junto a filmes como o E o Vento Levou... Opção controversa, pois não se fazem mais filmes como antigamente, não é vovó?

A longa duração pode ser um dos maiores problemas, 165 minutos de melodrama podem emocionar muito e ao mesmo tempo causar um bocado de sonolência.

Aceitos os contras e levando em consideração os objetivos de Baz Luhrman, a história da Austrália vista pelos olhos de uma criança mestiça de ingleses com aborígenes tem toques mágicos e emociona diversas vezes.

Não se pode negar a beleza dos planos sequência e das câmeras generosas com os atores e suas interpretações um tanto quanto exageradas.

O carisma dos personagens e sua interação podem ser envolventes pra quem consegue superar toda a afetação.

Austrália se apresentou como uma homenagem ao país e uma tentativa de mostrar um pouco de sua história e beleza, da utilização de atores australianos como protagonistas a cangurus correndo em planícies há um cuidado extremo em relatar um romance com pano de fundo histórico.

Talvez o problema em seu fracasso seja exatamente a utilização de uma estética antiga aliada a uma longa duração, vivemos num tempo da estética recortada e da edição frenética. Esquecidos os problemas, prepare seu lenço (e xícara de café) e aproveite essa experiência exuberante e peculiar.



Pontos Altos: Ousadia, grandiosidade

Pontos Baixos: Longo demais e exagerado

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Sim Senhor (Yes Man)

Diretor: Peyton Reed

Elenco: Jim Carrey, Zooey Deschanel, Bradley Cooper, Danny Masterson, Terence Stamp, Sasha Alexander, Molly Sims, John Michael Higgins

Gênero: Comédia

Ano: 2008







A década de 90 teve como um de seus principais comediantes no cinema o nome de Jim Carrey; com muitos títulos de sucesso e uma vertente de humor hiperbólico que nunca deixou espaço para sutilezas o ator fez sua fama no gênero e bem pouco sucesso (ainda que notável) fora dele.

O ator envelheceu, as rugas foram implacáveis, mas sua veia cômica permanece no mesmo tom, uma boa notícia para alguns, mas uma decepção para a maioria.

Sim Senhor como comédia não tem frescor e parece um bife requentado ou uma batata frita após uma segunda fritura, há algum sabor só que o esforço da mastigação não vale pouco sabor proporcionado.

A química com Zooey Deschannel é interessante e o romance é bem agradável de ser visto, a atriz tem sido uma escolha certa para filmes do gênero.

As caretas de Jim Carrey, no entanto, reforçam que seu personagem é uma coletânea de antigos sucessos que ficaram no passado o que simboliza apenas uma carência de ousadia e a crise do gênero comédia adulto.


Pontos Altos: A viagem pra Nebraska, o durex, a festa do Harry Potter

Pontos Baixos: Mais do mesmo, previsibilidade, caretas muito manjadas

Napoleão Dinamite (Napoleon Dynamite)

Diretor: Jared Hess

Elenco: Jon Heder, Efren Ramirez, Jon Gries, Aaron Ruell, Tina Majorino, Haylie Duff

Gênero: Comédia

Ano: 2004







A família de Napoleão Dinamite consegue proporcionar tantos momentos marcantes que é impossível não comentar, relembrar ou ficar com diversas cenas na cabeça dessa comédia nerd absurda e deliciosamente ridícula.

Tudo é excêntrico e exagerado em Napoleon Dynamite, desde a relação familiar à todos os perfis dos personagens e a própria maneira como se comportam entre si e em sociedade é inevitável não se encantar e rir de tantas situações cretinas.

Napoleão é um dos nerds mais insolentes já encenados no cinema norte-americano, o jovem que está constantemente com cara de demente briga com todos tentando não levar desaforo para casa.

Sua vida dá uma guinada quando conhece Pedro um novo estudante de seu colégio que é um estereótipo idiota de um jovem latino. Além de ser seu primeiro amigo em anos Pedro transforma sua vida quando decidem iniciar uma campanha eleitoral para elegê-lo presidente do grêmio estudantil ou algo parecido.

O esforço da dupla em se tornar popular é absolutamente hilário e suas idéias de como devem conseguir convencer garotas a lhes acompanharem ao baile é tão peculiar quanto engraçado.

Jared Hess consegue estabelecer uma atmosfera única em Napoleon Dynamite, cada detalhe e cena são pensados ou inseridos de forma a levar o espectador a se perguntar como aquilo pode ser possível e consequentemente rir dessas situações.

Apesar de todas suas qualidades é necessário apreciar o humor nonsense para ser conquistado pelo filme que para tais admiradores se torna mais engraçado ainda quando relembrado.


Pontos Altos: Visual bizarro, comportamento insolente, personagens cretinos

Pontos Baixos: Napoleão só apareceu nesse filme até hoje

Marley & Eu (Marley & Me)

Diretor: David Frankel

Elenco: Jennifer Aniston, Owen Wilson, Alan Arkin, Eric Dane, Haley Bennett, Clarke Peters, Haley Hudson, Marc Macaulay

Gênero: Comédia/Drama

Ano: 2008







O grandioso sucesso literário de Marley & Eu se justifica pela paixão humana pelos cães e a sua duradoura relação de amor e lealdade, ou seja, todos sabem o porquê amamos os cães. Logo investir em histórias que envolvem cães é algo que dificilmente pode dar errado.

Marley & Eu narra a história de vida real de um casal de jornalistas que amadurece junto com um endiabrado labrador que destrói tudo que encontra ao seu alcance, o amor quase incondicional de seus “pais” e o carinho do belo cão exercem fascínio imediato nos amantes dos cães.

Não há nada de extraordinário, o carisma de John e Jenny (Wilson e Aniston) e o do cachorro são suficientes para despertar sorrisos e temores em se levar pra casa um cão tão terrível.

A única coisa incrível é que não houve esforço algum para envelhecer os atores principais que permanecem inclusive com o mesmo corte de cabelo do início ao fim da vida de Marley, ou há descuido da direção ou a presença do cão é um bálsamo da juventude e ninguém comenta a respeito.

Marley é o grande companheiro da família, sua presença marcante em todos os momentos cruciais é o que justifica as colunas escritas por John e posteriormente o livro que ele publica.

Sessão da Tarde.


Pontos Altos: Marley é fofo mesmo

Pontos Baixos: Jennifer Aniston e seu procedimento cosmético malsucedido que persiste em manter sua boca semi-congelada

quinta-feira, 16 de abril de 2009

The Spirit - O Filme

Diretor: Frank Miller

Elenco: Scarlett Johansson, Samuel L. Jackson, Eva Mendes, Gabriel Macht, Jaime King

Gênero: Ação

Ano: 2008







Certa vez uma amiga comentou comigo se a introdução de um filme na qual aparece sua produtora já não me trazia algum tipo de expectativa em relação ao material, obviamente a produtora tem muita relação com o resultado cinematográfico. The Spirit foi produzido pela LionsGate Films, a mesma de Jogos Mortais e diversos outros títulos de quarta categoria.

É, no entanto, apesar do aviso logo de início, razoável admitir que exista público para tudo, The Spirit aposta no ramo das graphic novels que são os gibis mais bem cuidados (ou não?) com certas inovações como tipo de narração, teor adulto ou visual diferenciado.

O belo aspecto visual de The Spirit com suas cores berrantes em meio ao preto e branco é mais próximo de uma história em quadrinhos que de um filme, a narrativa não se decide entre o burlesco, o noir e o sensual e os personagens são caricatos e afetados.

Frank Miller deveria ter se limitado ao universo dos quadrinhos e apenas assessorado a direção de The Spirit, o resultado da sua ousadia agrada visualmente, mas não prende atenção, não há coerência nem linearidade e se torna mais um capricho do que um filme minimamente interessante.


Pontos Altos: Visual interessante

Pontos Baixos: Anote LionsGate na sua agenda, que o nazismo tem a ver com o mundo do crime da história?, capangas gordos que são clones idiotas e irritantes

Sete Vidas (Seven Pounds)

Diretor: Gabriele Muccino

Elenco: Will Smith, Rosario Dawson, Woody Harrelson, Madison Pettis, Barry Pepper, Sarah Jane Morris

Gênero: Drama

Ano: 2008








Sete Vidas é primo de primeiro grau de Eu Sou a Lenda e de segundo do mais recente Em Busca da Felicidade. Na trilogia inesperada Will Smith alcança mais uma vez sua redenção através do catártico auto-sacrifício.

O desenrolar e desenvolvimento da trama de Sete Vidas desperta grande curiosidade no espectador que não sabe nada a respeito do filme, seu grande atrativo é parecer pelo menos por 50 minutos como um mistério sem grandes pistas, recortes e elipses temporais são os recursos utilizados para construir tal atmosfera.

Quando o espectador desvenda quais são os reais motivos do protagonista grande parte do charme do filme se transforma em previsibilidade e o drama e seus personagens se tornam rasos, algo como “é mais sensual o que está coberto”.

Sete Vidas é melodramático, mas nem por isso pode lhe fazer chorar, afinal é difícil viabilizar a história no plano da realidade e assim se envolver realmente.

Talvez um diretor mais maduro conseguisse adicionar um tempero que transformasse o filme em algo memorável.

Não foi dessa vez.



Pontos Altos: A beleza da água viva, primeira metade do filme

Pontos Baixos: Will Smith quer ser um ator sério severamente, roteiro repleto de falhas e incongruências

O Justiceiro em Zona de Guerra (Punisher : The War Zone)

Diretor: Lexi Alexander

Elenco: Ray Stevenson, Dominic West, Julie Benz, Wayne Knight, Dash Mihok, Doug Hutchison, Colin Salmon, Keram Malicki-Sánchez

Gênero: Ação

Ano: 2008








Masoquismo pode ser uma boa razão pra assistir Punisher: The War Zone, outra possibilidade provável é testar as caixas de som de seu home theather ou então uma tara enorme por sangue e mortes violentas.

A terceira adaptação para os cinemas da história em quadrinhos O Justiceiro é um show de efeitos especiais absolutamente nojentos, obviamente existe um público que se excita com crânios sendo esmagados por punhos, objetos atravessando cabeças e explosão de todo tipo de membro humano.

A primeira cena de ação de Punisher é um tanto quanto empolgante, a invasão do justiceiro de um jantar cheio de figuras criminosas com uma sede de vingança sangrenta é de tirar o fôlego e deve ter dado muito trabalho na execução.

Há uma mistura de estética de filmes horror de baixa qualidade com ação pura e tecnicamente perfeita, o famoso “gore” é o eleito neste lançamento que não deve ter passado em cinema de lugar nenhum do mundo.

Punisher é um filme abundante em clichês, lugares comuns e atuações afetadas, deve agradar pouquíssimas pessoas, mas pode apostar que estes parcos indivíduos irão se apaixonar pela estética nojenta e questionável deste dispensável título.



Pontos Altos: Frank Castle conserta o próprio nariz quebrado com a ajuda de um lápis

Pontos Baixos: Frank Castle deve ser uma névoa afinal não leva uma bala mesmo enfrentando multidões de metralhadoras

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Ele não está tão a fim de você (He's just not that into you)

Diretor: Ken Kwapis

Elenco: Ginnifer Goodwin, Kris Kristofferson, Kevin Connolly, Scarlett Johansson, Jennifer Aniston, Justin Long, Jennifer Connelly, Drew Barrymore, Ben Affleck

Gênero: Comédia Romântica

Ano: 2008







Ao mesmo tempo em cartaz estão Velozes e Furiosos em sua quarta edição e Ele Não Está Tão A Fim de Você, até parece algo combinado. Para felicidade dos casais e espontaneidade total do espectador e espectadora um casal de namorados pode se separar e curtir seu péssimo filme isoladamente.

Apesar da diferença gritante dos temas, ambos os filmes sofrem da ausência de conteúdo e do apelo à beleza de seus atores para atrair espectadores.

Baseado em um livro de auto-ajuda emocional e transformado em um romance com toques falsamente documentais este filme foi feito para mulheres que ainda se apegam ao mito do amor romântico e sofrem com um comportamento quase patológico em busca de um casamento ou da manutenção de um matrimônio em ruínas.

É fácil rir e se identificar com os comportamentos que assistimos, por vez no papel de apaixonados e outra no de desinteressados. O fato é que Ele Não Está Tão A Fim de Você não acrescenta algo na visão de uma pessoa romântica, a questão é perseverar até encontrar sua alma gêmea.

O grande defeito de Ele Não Está Tão A Fim de Você é resumir as pessoas a seus relacionamentos amorosos e minimizar a importância de relacionamentos tão ou mais importantes que não envolvem necessariamente o amor carnal. Além disso, mulheres são retratadas como seres humanos patéticos que não podem viver sem ter um homem ao seu lado, estar com a própria companhia é tão terrível assim?

O reforço dos estereótipos já conhecidos funciona de tal forma que é impossível não questionar se as mulheres de fato estão tão próximas assim de alcançar uma igualdade entre os sexos e se elas verdadeiramente almejam se equiparar.

Talvez o homem canalha mereça sua mulher insegura e o homem covarde se complete com sua mulher oportunista.

Ou o machismo de seu irmão não tem relação com a criação de sua mãe?


Pontos Altos: Carisma inegável de Ginnifer Goodwin e Justin Long

Pontos Baixos: Boca e cara botocada/congelada de Jennifer Anniston, muitos clichês, preconceitos e estereótipos manjados de homens, mulheres e amigos gays

Valsa com Bashir (Vals Im Bashir)

Diretor: Ari Folman

Elenco: Ron Ben-Yishai, Ronny Dayag, Ari Folman, Dror Harazi

Gênero: Animação

Ano: 2008








O diretor israelense Ari Folman cria um novo tipo de experiência com a animação Valsa com Bashir. A história se inicia com seu encontro com um amigo de longa data que lhe confessa um sonho recorrente relacionado ao período em que ambos serviram o exército israelense, a reunião lhe desperta a curiosidade sobre sua falta de memória especialmente sobre o Massacre de Sabra e Chatila evento responsável pelo extermínio de dois mil civis palestinos no Líbano.

Aos interessados busquem saber mais sobre o evento e seus detalhes, vamos ao filme.

Ari Folman e vários de seus colegas bloquearam em suas memórias grande parte dos acontecimentos do conturbado período. O diretor resolve passar a limpo o período reencontrando os sobreviventes e lhes indagando sobre suas lembranças e relações.

Todo o processo é encenado em animação feita à mão num formato próximo ao de documentários, as lembranças de cada um geram as melhores e mais inspiradas cenas de animação vistas ultimamente no cinema, um trabalho cuidadoso de cores e luz que pode ser considerado uma obra de arte em vários momentos.

A reconstrução da história através da animação traz muita liberdade criativa ao diretor que abusa quando necessário de delírios surreais entremeados de imagens convencionais.

Apenas a direção de arte do filme seria motivo suficiente para que ele seja conferido, porém saber mais sobre a terrível história e especialmente a omissão dos envolvidos como Israel e a comunidade internacional é um conhecimento importante e necessário.


Pontos Altos: Trilha sonora, recursos gráficos bem utilizados, história interessante, abordagem inovadora

Pontos Baixos: Não fazem mais filmes 2D como esse por quê?