Gênero: Documentário
Ano: 2002
Extremamente familiar a tragédia do ônibus 174 ocorrida em junho de 2000 no Rio de Janeiro é tema do documentário de Padilha que não se limita em apresentar para um público estrangeiro os fatos ocorridos, o seu objetivo e mérito é exibir todos os lados da história e talvez tão ou mais importante quanto a história de vida de Sandro o "bandido" ex menino de rua e sobrevivente da mundialmente famosa Chacina da Candelária.
A imparcialidade é hipotética, o documentário de José Padilha tem objetivos claros e tal qual a construção de uma argumentação acadêmica ele chega ao término conseguindo provar uma tese que transforma aquele momento numa equação quase que matemática.
E o fato é que Ônibus 174 é um alerta, a enorme desigualdade social somada ao despreparo policial e uma pontinha de fascismo da sociedade em geral são os fatores que permitem chacinas sem culpados, assassinatos gratuitos e a morte televisionada e festejada.
Dois fatores são marcantes um deles é o circo midiático no qual os personagens querem ficar pra história de alguma forma e outro como a população está sempre preparada para agir em nome da “justiça”, o linchamento por pouco não acontece sob as lentes das câmeras e suas transmissões "ao vivo".
Padilha criou seu filme a partir de imagens da imprensa oficial, depoimentos de policiais, meninos de rua, parentes, vítimas e testemunhas e a “verdade” desses elementos trazem uma grande contundência que prova a tese de Padilha.
É tudo uma questão de tempo ou oportunidade, os elementos para uma avalanche de violência são mais do que evidentes e varrer para debaixo do tapete não parece das melhores soluções.
Pontos Altos: Prova de que nada é casual, trabalho extenso de pesquisa
Pontos Baixos: Má qualidade de grande parte das imagens do evento real se torna cansativa para a narrativa
A imparcialidade é hipotética, o documentário de José Padilha tem objetivos claros e tal qual a construção de uma argumentação acadêmica ele chega ao término conseguindo provar uma tese que transforma aquele momento numa equação quase que matemática.
E o fato é que Ônibus 174 é um alerta, a enorme desigualdade social somada ao despreparo policial e uma pontinha de fascismo da sociedade em geral são os fatores que permitem chacinas sem culpados, assassinatos gratuitos e a morte televisionada e festejada.
Dois fatores são marcantes um deles é o circo midiático no qual os personagens querem ficar pra história de alguma forma e outro como a população está sempre preparada para agir em nome da “justiça”, o linchamento por pouco não acontece sob as lentes das câmeras e suas transmissões "ao vivo".
Padilha criou seu filme a partir de imagens da imprensa oficial, depoimentos de policiais, meninos de rua, parentes, vítimas e testemunhas e a “verdade” desses elementos trazem uma grande contundência que prova a tese de Padilha.
É tudo uma questão de tempo ou oportunidade, os elementos para uma avalanche de violência são mais do que evidentes e varrer para debaixo do tapete não parece das melhores soluções.
Pontos Altos: Prova de que nada é casual, trabalho extenso de pesquisa
Pontos Baixos: Má qualidade de grande parte das imagens do evento real se torna cansativa para a narrativa
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