Coraline e o Mundo Secreto (Coraline)

Diretor: Henry Selick

Elenco: Robert Bailey Jr, Keith David, Ian McShane, Dakota Fanning, Teri Hatcher, Dawn French

Gênero: Animação

Ano: 2008

Consagrado principalmente pela fábula O Estranho Mundo de Jack, Henry, Selick retorna ao recurso do stop-motion para encenar no cinema a graphic novel de Neil Gaiman, o visual caprichado da animação realizada quadro a quadro com a utilização de bonecos enche os olhos do espectador e divide a atenção com a própria história, um conto de fadas clássico com toques de terror, fantasia e suspense.

Não é de hoje que as animações atingem um público variado, mais que um atrativo visual para os pequenos ela tem sido utilizada como uns recursos para contar histórias de uma forma que atores e cenários reais não teriam o mesmo impacto.

Em Coraline e o Mundo Secreto acompanhamos a saga da menina que cansada por não receber atenção dos seus pais descobre numa pequena porta na mansão em que se mudam uma resposta a altura de suas necessidades. O mundo secreto que encontra não tem os mesmos aborrecimentos, pais negligentes, comida sem sabor e cores esmaecidas.

Seus “outros” pais que possuem botões no lugar dos olhos são tão maravilhosos a primeira vista que aos poucos Coraline desconfiada do excesso de cuidados percebe que algo está errado.

A história de Neil Gaiman se assemelha a de João e Maria, há um ensinamento e uma lição de moral resultado de uma experiência traumática, ao mesmo tempo, os personagens são bem humanizados, afinal os pais são de fato ocupados demais e impacientes com a filha que também não é nenhum exemplo de comportamento.

Vizinhos excêntricos, visual fantástico e a fábula moderna e cruel deve agradar adultos e crianças maiores.

Pontos Altos: Coraline é cruel e carente como todas as crianças, técnica de animação pouco utilizada, escapismo nunca funciona, Teri Hatcher e Dakota Fanning são incrivelmente ótimas dubladoras

Pontos Baixos: Um pouco de deja vu

Exterminador do Futuro - Julgamento Final (Terminator - Judgment Day)

Diretor: James Cameron

Elenco: Arnold Schwarzenegger, Linda Hamilton, Edward Furlong, Robert Patrick, Earl Boen, Joe Morton

Gênero: Ficção Científica/Aventura

Ano: 1991

Sete anos foram o suficiente para aperfeiçoar o que viria a ser um sucesso absoluto, Exterminador do Futuro – O Julgamento Final avança em vários pontos que o original só havia iniciado.

São vários os motivos do sucesso, um obstinado vilão ciborgue virtualmente indestrutível feito de metal líquido, um herói brutamontes que aprende gírias dos jovens de sua época, uma mulher durona e um garoto desajustado, genial e descolado.

As imagens geradas por computador fazem toda a diferença neste filme que adquire uma força ainda maior com o carisma de seus personagens e ao trazer para o público efeitos especiais completamente inovadores que conseguem fazer justiça ao terrível futuro de um cenário desolado por uma guerra ocasionada pela independência nociva dos computadores e máquinas.

Porém a grande qualidade de Exterminador do Futuro 2 que pode ser melhor apreciada nos dias de hoje é não haver a preocupação constante em ter personagens exemplo e politicamente corretos. Uma heróina fumar e ter um filho pré-adolescente dirigindo uma moto e assaltando caixas eletrônicos seria algo impensável nos dias de hoje e causaria até certo estranhamento como se houvesse algo fora de lugar.

A perseguição de gato e rato de Exterminador do Futuro 2 e sua batalha contra um futuro de destruição da humanidade, tem os maiores percalços e adversidades com emoção a mil em suas incríveis sequências fazendo desta aventura um dos grandes filmes de ficção científica e ação de todos os tempos.

Pontos Altos: Hasta La Vista Baby, No Problemo, Linda Hamilton e sua interpretação vigorosa, o vilão implacável de Robert Patrick, o jovem delinquente John Connor, a internação de Sarah Connor

Pontos Baixos: Final emotivo quase à moda de Spielberg

Exterminador do Futuro (Terminator)

Diretor: James Cameron

Elenco: Arnold Schwarzenegger, Michael Biehn, Linda Hamilton, Paul Winfield, Lance Henriksen

Gênero: Ficcção Científica/Aventura

Ano: 1984

Vinte e cinco anos depois assistir O Exterminador do Futuro é descobrir como a estrutura narrativa de filmes de ação não receberam grandes inovações ao longo do tempo, por outro lado, os efeitos especiais auxiliados principalmente pelas imagens geradas por computador fazem toda diferença quando é necessário criar imagens futuristas e perturbadoras.

Robôs, stop motion, miniaturas e grandes esforços criativos podem parecer aos nossos olhos um trabalho escolar de cinema, no entanto, a distopia futurista de Cameron era em sua época um grande em filme em termos de ação e efeitos especiais inovadores.

O Exterminador do Futuro representa a consagração de Arnold Schwarzenegger, seu personagem mais famoso conta com uma interpretação tão robótica e estática quanto o seu talento artístico da época, mas foi o suficiente para a elevação de seu status de Mr Universo para grande estrela de Hollywood.

Cameron une um roteiro simples com atuações convincentes e vigorosas que viriam a ser a base para o sucesso ainda maior da sequência que simplesmente revolucionou o cinema de ação.

Sarah Connor, uma mulher absolutamente ordinária que daria a luz ao salvador da raça humana no futuro na guerra contra as máquinas é uma alegoria quase que religiosa e que nos causa simpatia imediata representando um marco na cultura pop e no cinema mundial.

Pontos Altos: O casal peculiar amigo de Sarah Connor, as explicações absurdas do futuro, inovação criativa

Pontos Baixos: Talento de Arnold