quinta-feira, 18 de junho de 2009

I.A. - Inteligência Artificial (Artificial Intelligence: A.I.)

Diretor: Steven Spielberg

Elenco: Haley Joel Osment, Jude Law, Frances O'Connor, Sam Robards, William Hurt

Gênero: Ficção Científica/Drama

Ano: 2001







Steven Spielberg já é tão reconhecido e respeitado que consegue realizar um filme conforme seus gostos pessoais e isso é algo que nem sempre termina bem conforme vemos no desfecho melodramático e pouco coerente de sua fábula moderna sobre um menino robô que tal qual Pinóquio deseja ser de carne e osso para ser amado por sua mãe.

Num futuro distante assolado pelo aquecimento global a regulamentação da reprodução humana impede que pais tenham filhos sem autorização do Estado.

Uma indústria de última geração que fornece mão de obra robótica para as mais diversas necessidades decide empreender um audacioso projeto que desenvolve robôs que possuem chips com sentimentos e podem desenvolver uma relação afetiva entre máquinas e pessoas o que viria a suprir a carência de famílias sem filhos.

Um dos envolvidos no projeto recebe a oferta de testar um dos protótipos em sua casa, que abalada pela doença de seu filho (preservado em criogenia até o surgimento de uma cura) parece ser uma ótima oportunidade.

A convivência entre o estranho robô e a família nos remete imediatamente a um tema muito bem desenvolvido por Stanley Kubrick, porém se este possui um pessimismo e uma maior intelectualidade Spielberg é mais emocional e massificador. Para Kubrick a convivência e exploração das máquinas terminam na sua rebelião e contra ataque enquanto que para Spielberg há uma eterna admiração de todas as outras criaturas em relação aos humanos e suas características.

A solução melodramática de Spielberg é ideal para o grande público, mas não o consolida junto a um panteão de filmes clássicos e consagrados, talvez não seja a eternização de sua obra um objetivo, porém o alongamento de um desfecho evidente de Inteligência Artificial prejudica o interessante desenvolvimento do detalhado e encantador (até certo ponto) conto de fadas futurista.

A mistura de Pinóquio com um mal resolvido Complexo de Édipo para os menos cínicos é um razoável entretenimento, para os mais criteriosos a edição do filme já resolveria grande parte dos seus problemas aparando arestas e vícios do obcecado diretor.

Pontos Altos: Haley Joel Osment em uma de suas últimas atuações memoráveis, Jude Law como o charmoso garoto de programa robô

Pontos Baixos: O final estendido e com Ets

Um comentário:

O Cara da Locadora disse...

Então, meu ponto fraco sempre foram os 'et's' tb... Mas um amigo meu me convenceu de que não eram ET's mas sim robôs super desenvolvidos do futuro... será??