quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Era do Gelo 3 (Ice Age: Dawn of Dinosaurs)

Diretor: Carlos Saldanha

Elenco: Ray Romano, John Leguizamo, Denis Leary, Simon Pegg, Queen Latifah

Gênero: Animação

Ano: 2009







Fenômeno de bilheteria no Brasil e no mundo A Era do Gelo 3 é um subproduto de uma franquia extremamente lucrativa que explora o avanço das animações computadorizadas e do fascínio por animais (pré-históricos) falantes. Seria essa uma definição que abarca a maioria das animações?

É notória a falta de criatividade dos grandes estúdios e em tempos de crise é ainda mais difícil arriscar inovar, afinal fórmulas eficientes já existem e resultados são garantidos.

O brasileiro Carlos Saldanha que co-dirigiu o primeiro filme e assumiu a franquia nos dois últimos entende do riscado, nada escapa do esperado em A Era do Gelo 3, são poucos os momentos de inventividade no roteiro e a sua criatividade só tem espaço em deslumbrantes sequências de beleza plástica inquestionável.

A Era do Gelo 3 acompanha os mesmos personagens de sempre numa aventura que foge dos cenários anteriores. Após um acidente os carismáticos personagens descobrem outro universo abaixo do gelo em que vivem.

É incrível como um cenário tropical ensolarado pode existir debaixo de uma camada de gelo, ou se trata de um universo paralelo?

A busca por lógica pode soar como uma rabugenta implicância com um filme feito para os pequenos. Poderíamos enfatizar o quanto os cenários são extremamente ricos e prova do desenvolvimento fantástico que as animações tem vivido, são cachoeiras, gases, rios de lavas e uma série de possibilidades exploradas com piadas engraçadinhas e um pouco de aventura.

O fato é que as animações não são um gênero exclusivamente infantil e isso só é aqui devidamente explorado com o ímpeto maternal de um bicho preguiça macho que insiste em ser chamado de mamãe e ainda em certo momento diz que a lagarta virou borboleta após sair do armário.

Um dos mais preocupantes sintomas dessa repetição das produções é a utilização dos mesmos dubladores em vários filmes, a identidade vocal forte de alguns deles acaba remetendo a outros filmes de fórmula semelhante e isso apenas confirma o quanto as diversas animações são parecidas entre si.

Algumas destas se tornaram a modernização da chupeta, as cores, as vozes e as histórias pobres de conteúdo dominam as crianças em frente ao televisor enquanto o pai consegue ler seu jornal e a mãe bate uma clara em neve conversando no telefone sem fio.


Pontos Altos: Cena das bolhas

Pontos Baixos: Mais do mesmo

Nenhum comentário: