sábado, 28 de junho de 2008

Fim dos Tempos (The Happening)

Diretor: M. Night Shyamalan
Elenco
: Mark Wahlberg, Zooey Deschanel, John Leguizamo, Spencer Breslin, Betty Buckley, Tony Devon, Victoria Clark, Jeremy Strong,
Ano: 2008
Gênero: Desastre





O diretor indiano Shyamalan é como aquelas bandas que alcançam um estrondoso sucesso com um álbum e que depois passam o resto da carreira sofrendo com comparações. Assim acaba por gozar de enorme popularidade que traz consigo cobranças injustas e improcedentes.
Apesar disso ele busca se renovar e se não há em Fim dos Tempos nada parecido com o celebrado suspense O Sexto Sentido (1999) temos um diretor/roteirista/produtor com estilo próprio que não se sujeita a dominação dos grandes estúdios e suas produções pasteurizadas.
Há em Fim dos Tempos uma atmosfera assustadora explorada através de imagens e trilha sonora, afinal a ameaça que causa o suicídio em massa de norte-americanos é invisível.
É parte do imaginário norte-americano o combate ao terrorismo (outro inimigo invisível?) e este tema está tão na pauta quanto alertas/desastres ambientais e ambos são abordados de certa forma pelo filme.
Wahlberg interpreta um professor de ciências que diante da realidade aterradora não consegue estabelecer teorias e se torna sujeito da imprevisibilidade da natureza, buscando apenas sobreviver ao desastre junto de sua mulher e uma garotinha.
O desconhecimento da origem da ameaça e qual é seu real modus operandi formam o fio condutor da trama, Shyamalan alcança êxito e a “moral do filme” apesar de senso comum não prejudica o resultado final.


Pontos Altos: Clima anos 70 no século XXI, trilha exagerada, medo do vento, velha dooooooida da casa
Pontos Baixos: Paris não!!! (assistam pra entender), casal Elliot e Alma com crise conjugal pouco explorada em meio ao desastre todo

Em Paris (Dans Paris)

Diretor: Christophe Honoré
Elenco
: Romain Duris, Louis Garrel, Joana Preiss, Guy Marchand, Marie-France Pisier, Alice Butaud, Héléna Noguerra, Judith El Zein, Annabelle Hettmann
Ano: 2006
Gênero: Drama





Paul (Romain Duris) sofre pela perda de um amor que mal sabia que era tão grande e vai até a casa do pai (Guy Marchand) e irmão (Louis Garrel) pra se recuperar da dor e da depressão que sente tão profundamente.
Mas um núcleo familiar completamente masculino não está preparado pra lidar com esse tipo de crise (tipicamente feminina?), o pai não sabe o que fazer e o irmão acha que tem a solução, mas não consegue se manter fiel a ela.
Os conflitos de Paul com a esposa são tão confusos que parecem ser imagens mentais do protagonista e não cenas de uma discussão. Talvez seja isso mesmo.
A direção não decide se o narrador é o irmão ou se é a visão de Paul dos fatos que vemos.
Cristopher Honoré dirige um filme que não chega a lugar nenhum e que se não houvesse um ‘Paris’ no título receberia atenção zero no circuito cinematográfico.
Tempo perdido.

Pontos Altos: Trilha

Pontos Baixos: Cantoria no telefone, rio iluminista

Três Vezes Amor (Definitely, Maybe)

Diretor: Adam Brooks
Elenco: Ryan Reynolds, Isla Fisher, Elizabeth Banks, Rachel Weisz, Abigail Breslin, Kevin Kline, Kevin Corrigan, Derek Luke, Alexie Gilmore, Annie Parisse, Nestor Serrano, Cheryl Cosenza
Ano: 2008
Gênero: Comédia Romântica





Will Hayes (Ryan Reynolds) está prestes a se divorciar e sua filha Maya (Abigail Breslin a menina gordinha de ‘Pequena Miss Sunshine’) está em seu apartamento e o interroga a respeito de como foi que ele conheceu sua mãe.
Esse é o mote de Três Vezes Amor, o pai resolve contar sua história com três diferentes mulheres que o marcaram de forma definitiva (ou quase). Ele utiliza heterônimos para as mesmas e deixa para a sua filha e para o espectador a tarefa de adivinhar qual delas é a mãe e também o destino final de cada romance.
Mas o filme não começa aí, e sim quando o pai vai buscar sua filha na escola e lá descobre que a inovadora aula de educação sexual causou um grande transtorno entre filhos e pais, sua filha tem muitas dúvidas e são nessas bem-humoradas cenas que a melhor parte do filme acontece e provavelmente a partir disso que as dúvidas sobre sua origem surgem na cabeça da garotinha.
Comédias românticas têm público garantido e Três Vezes Amor possui sim suas qualidades, existe química nos romances além da famosa graciosidade de Abigail Breslin e o carisma do protagonista Ryan Reynolds.
Os defeitos são os comuns a todas as comédias românticas, mas os amantes do gênero nunca os levaram em consideração.

Pontos Altos: Início, que promete, mas não cumpre algo acima do esperado
Pontos Baixos: Não somos amantes do gênero e queremos algo novo sim

sábado, 21 de junho de 2008

Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal

Diretor: Steven Spielberg
Elenco
: Harrison Ford, Karen Allen, Cate Blanchett, Shia LaBeouf, Jim Broadbent, Alan Dale, Andrew Divoff, Pavel Lychnikoff, Joel Stoffer, Igor Jijikine
Ano: 2008
Gênero: Aventura





Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal foi lançado dezenove anos depois do último filme da trilogia, Harrison Ford manteve o carisma do querido herói arqueólogo o que já nos garante metade da diversão.
Esta aventura possui muito dos elementos que cativaram espectadores por tantos anos, mas o objetivo óbvio é encher os bolsos de George Lucas (roteirista) e Spielberg, nostalgia que faz dinheiro e que nos diverte.
Todos já leram algo a respeito do filme, os fãs da trilogia original irão com toda certeza assistir e gostar de grande parte do filme. Mas ele é repleto de falhas, coisas que não precisavam ser assim e que o fã mais fiel ficará triste, o roteiro não ajuda, mas os personagens são maiores que o roteiro.
As seqüências de ação não perderam a identidade original, tal como as piadas e o humor característico da série.
Os efeitos especiais, no entanto, além de serem centrais demais no roteiro (vide o final que um personagem vira glitter cósmico perante outros) não foram bem executados e causam embaraço.
Mas a química de Shia e Harrison funcionou e prevemos mais seqüências do universo Jones.
O envelhecimento evidente de Harrison além de não ser ignorado se tornou um motivo de piada e foi bem utilizado.
Sessão da Tarde.


Pontos Altos: Cena da areia movediça, perseguição da moto, Cate Blanchett com sotaque ucraniano, geladeira voando, corrida da escada
Pontos Baixos: Toupeiras (diretamente do Dr. DoLittle), Shia LaBeouf balançando de cipó em cipó num misto de Tarzan e Homem Aranha, personagem no final virando glitter cósmico, formigas carnívoras diretamente de Caminhos do Coração da Record.

Família Savage (The Savages)

Diretor: Tamara Jenkins
Elenco: Philip Seymour Hoffman, Laura Linney, Philip Bosco, Peter Friedman, Gbenga Akinnagbe, Cara Seymour, Michael Blackson, Guy Boyd
Ano: 2007
Gênero: Drama






Wendy e John Savage são irmãos que não se vêem por anos e que são obrigados a se reencontrar após uma crise familiar envolvendo seu pai que é diagnosticado com demência e que recém viúvo só tem aos filhos para recorrer.
Wendy é uma mulher de meia idade e hipocondríaca que vive em Nova York, tem um ‘relacionamento’ com um homem casado e é infeliz em seu trabalho. John é professor de teatro em uma universidade da cidade de Bufallo e não consegue se relacionar amorosamente de forma saudável com sua namorada estrangeira.
Enfim pessoas normais cheias de problemas como todo mundo.
Por muitos anos os irmãos haviam conseguido se afastar do pai abusivo e conseguido manter suas vidas independentes, mas sem alternativa precisam abandonar suas vidas pra resolver o que fazer com o pai descontrolado.
O conflito entre eles e a forma como se entendem traduzem perfeitamente o típico comportamento interno familiar.
Família Savage é um drama sobre um tema delicado e pesado, mas que é tratado de forma bem humorada e as situações são facilmente relacionáveis com a vida do espectador médio o que facilita a identificação e suscita uma imaginação criativa sobre como lidar com o mesmo fato.
Philip Seymour Hoffman e Laura Linney não são atores aclamados à toa, interpretações verdadeiras e transformações corporais e gestuais se traduzem em atuações fortes e verossímeis que são a pedra fundamental do filme.
Tamara Jenkins demonstra como egoísmo e solidariedade são comportamentos tipicamente humanos.
Vale a pena assistir, mas sem pressa.


Pontos Altos: Todos os atores, o aparelho de surdez do velho, o tratamento de John pós acidente esportivo
Pontos Baixos: Toda mulher solteira tem que ter um gato?

Traídos Pelo Destino (Reservation Road)

Diretor: Terry George
Elenco: Joaquin Phoenix, Mark Ruffalo, Jennifer Connelly, Mira Sorvino, Elle Fanning, Sean Curley, Eddie Alderson, Armin Amiri, David Anzuelo, Linda Dano
Ano: 2007
Gênero: Drama





Traídos pelo Destino é um título que não diz a que veio, superemos então o nome e vamos ao filme. Como boa parte do filme diz respeito a uma tragédia e a mesma se comentada estraga a “surpresa” a sinopse ficará um pouco de lado.
O filme trata da obsessão por justiça e as descrenças em um sistema criminal falho, paralelamente há a culpa e a extrema covardia do criminoso em se assumir como culpado.
Terry George não atenua seu conceito de certo/errado o que faz com que nos identifiquemos com a parte injustiçada da trama.
A obsessão por vingança, a culpa direta e indireta são os motores desse drama familiar.
Os três atores principais carregam na dramaticidade envolvendo de formas diferentes e emocionando o espectador.
Há ainda um elemento de suspense no destino final e confronto das partes envolvidas que o diretor habilmente conduz paralisando quem assiste na espera do desfecho.
Um filme mediano.


Pontos Altos: Atores principais, Elle Fanning é promessa
Pontos Baixos: Muita coincidência pra pouca gente

domingo, 15 de junho de 2008

A Outra (The Other Boleyn Girl)

Diretor: Justin Chadwick
Elenco
: Natalie Portman, Scarlett Johansson, Eric Bana, Kristin Scott Thomas, Jim Sturgess, Juno Temple, Benedict Cumberbatch, Eddie Redmayne
Ano: 2008
Gênero: Drama



Inglaterra século XVI, o Rei Henrique VIII (Eric Bana) está casado com Catarina de Aragão, uma rainha que após diversas tentativas não obteve sucesso em ter um filho homem e por sua idade avançada não tem mais condições de produzir um herdeiro.
O ambicioso pai da família Bolena juntamente com o tio das meninas através de informações privilegiadas ao saberem do descontentamento do Rei elaboram um plano para apresentar a filha mais velha a perspicaz Ana (Natalie Portman) para o Rei e transformá-la em amante o que traria muitas regalias e levaria a família da província a um lugar privilegiado na corte.
Ana aceita o desafio de seduzir o rei, mas sua personalidade forte acaba por afastá-lo, sua irmã a bondosa e já casada Maria (Scarlett Johansson) encanta com sua naturalidade o Rei que convoca a família para a corte. Ana se ressente com a irmã que jura em vão ser inocente.
Henrique VIII afasta o marido de Maria e após um longo caso ela engravida do rei.
Enquanto isso Ana devido ao seu comportamento impulsivo é exilada para a França para que não comprometa os planos familiares.
Devido a uma gravidez de risco e repleta de cuidados Maria não recebe mais o afeto do rei, prevendo um futuro problema o pai (ou gigolô) pede que Ana volte para seduzir e manter o rei ligado à família.
A rancorosa Ana retorna mais sofisticada e encanta o rei, mas esta Bolena não queria se contentar com o papel de amante e manipula o rei para que rompa com sua irmã separe-se de Catarina e a faça rainha.
Profundas mudanças no reino são conseqüências das manobras e intrigas da sedutora Ana que em certo momento se desespera por não conseguir conceber um menino e perde o controle da situação.
Um filme cheio de qualidades técnicas, roteiro fluido e interpretações acima da média, apesar do deficiente rigor histórico e pouca fidelidade à História propriamente dita.
Natalie Portman numa das suas melhores interpretações passa de vilã a mocinha em segundos causando sensações ambíguas demonstrando uma construção da personagem com muitas nuances e tridimensionalidade.


Pontos Altos: Natalie Portman, roteiro com ritmo, fotografia
Pontos Baixos: Um pouco de fidelidade à história original não seria ruim, mudanças do reino pouco exploradas pelo diretor

Paranoid Park

Diretor: Gus Von Sant
Elenco: Gabe Nevins, Daniel Liu, Taylor Momsen, Jake Miller, Lauren McKinney, Winfield Jackson, Joe Schweitzer, Grace Carter
Ano: 2007
Gênero: Drama






Gus Von Sant não faz cinema convencional, seu forte são as imagens e não os diálogos e nisso ele realmente possui grande mérito.
Paranoid Park é narrado através de uma carta por Alex (Gabe Nevins) um jovem de 16 anos que tem uma vida completamente normal e aborrecida e tem como única paixão o skate.
O título se refere a um parque onde existe uma pista de skate freqüentada por todos os tipos de ‘tribos’ urbanas. É essa convivência que traz fascínio ao jovem.
Apesar da aparente vida ideal Alex não é como seus amigos e representa até certo ponto a conturbada fase adolescente que todos vivenciamos. Seus pais pouco aparecem e tem importância diminuída e as imagens dão conta disso ao desfocá-los ou nem mesmo serem focados pela câmera.
É nesta pista de skate que a vida de Alex parece adquirir e perder sentido, sua narrativa não-linear aos poucos revela o fato que abalou a cidade e sua própria vida.
Gus Von Sant estabelece uma visão unidimensional da complicada fase adolescente através da trilha e de imagens, Alex é um adolescente/zumbi em crise e sua extrema apatia e alienação está aparente e super desenvolvida.


Pontos Altos: Fotografia e trilha
Pontos Baixos: Cena desnecessária do guarda se arrastando, visão simplista da adolescência

Um Jogo de Vida ou Morte (Sleuth)

Diretor: Kenneth Branagh
Elenco
: Michael Caine, Jude Law, Harold Pinter
Ano: 2007
Gênero: Drama/Suspense







Um Jogo de Vida ou Morte é um remake de um Jogo Mortal de 1972, além do mesmo roteiro ambos os filmes têm o fabuloso Michael Caine. Na primeira versão o ator interpretava o jovem Milo Tindle que aqui é interpretado por Jude Law, Caine agora é Andrew Wyke um popular escritor.
A história se passa dentro da moderna e tecnológica residência de Wyke que recebe o amante de sua mulher Maggie para uma conversa nada convencional.
Tindle quer que Wyke conceda o divórcio para que ele se case com Maggie, mas o que parecia ser um simples pedido se transforma num elaborado e desgastante embate que os consumirá de formas impensáveis.
Há um fascínio pela desconstrução da personalidade aparente do outro o que os leva a se digladiar psicológica e fisicamente, e esse é o grande atrativo do filme. Os diálogos afiados e combates físicos destes dois grandes atores têm um efeito hipnotizante.
A busca pelo controle da situação e a dominação de caráter humilhador faz com que o embate se torne ao invés de meio para um fim o principal objetivo, e a mulher que antes era o pivô seja completamente esquecida.
O diretor Kenneth Branagh dirige de forma extremamente competente esta película utilizando ângulos de câmera inovadores e completamente adequados ao enredo.
Se a questão é controle, fica evidente que Kenneth não tem problemas em dominar o espectador da mesma forma que os protagonistas fazem com o simbólico controle remoto que comanda a casa hi-tec.
Assistam.


Pontos Altos: Não conseguir imaginar o que acontecerá, diálogos, direção perfeita
Pontos Baixos: Não me recordo

sábado, 7 de junho de 2008

Homem de Ferro

Diretor: Jon Favreau
Elenco
: Robert Downey Jr., Terrence Howard, Gwyneth Paltrow, Jeff Bridges, Samuel L. Jackson, Leslie Bibb, Stan Lee, Shaun Toub, Bill Smitrovich, Faran Tahir
Ano: 2008
Gênero: Ação/Adaptação HQ





Homem de Ferro é a primeira adaptação feita por uma nova produtora da própria Marvel que se encarregará de todos os filmes das histórias em quadrinhos da editora que serão lançadas a partir de 2008.
A diferença é grande, o que nos poupa de vermos no futuro títulos similares aos infames: Motoqueiro Fantasma, Elektra, Demolidor e O Justiceiro.
Um grande orçamento, uma equipe comprometida com a história original e o inegável talento de Robert Downey Jr. somados deram origem a uma adaptação digna dos melhores roteiros de histórias em quadrinhos.
Humor, ação e entretenimento são os elementos esperados, mas temos também uma crítica à indústria armamentista e ao próprio poderio bélico norte-americano. Tony Stark é um milionário empresário que possui uma indústria de armas de última geração e desfruta irresponsavelmente dos frutos de seu trabalho científico.
Após chegar a uma situação limite sua visão de mundo acaba se modificando e o anti-herói carregado de culpa cristã resolve lidar com o resultado de suas ações impensadas.
Homem de Ferro é um filme exagerado no bom sentido, Robert Downey Jr. dispensa apresentações e garante que as seqüências provavelmente irão superar esta apresentação da origem do herói vingador.

Assistam.


Pontos Altos: Comportamento transtornado de Tony Stark, armadura do Homem de Ferro, graciosidade da Pepper Potts (Gwyneth Paltrow), tensão sexual entre Pepper e Stark, coletivas de imprensa do empresário
Pontos Baixos: Seqüência de luta final curta demais

Medo da Verdade (Gone baby gone)

Diretor: Ben Affleck

Elenco: Morgan Freeman, Casey Affleck, Michelle Monaghan, Ed Harris, Robert Wahlberg, Amy Madigan, Edi Gathegi, John Ashton, Amy Ryan

Ano: 2007

Gênero: Suspense







Atores no papel de diretores têm rendido boas surpresas, Medo da Verdade é um thriller com um tema aparentemente nada inovador, mas que com a direção confiante de Ben Affleck tanto segura a atenção do espectador quanto traz reviravoltas em momentos inesperados.

Uma garotinha de quatro anos é seqüestrada sob circunstâncias desconhecidas na cidade de Boston, nenhuma pista é encontrada e policiais experientes no caso não avançam nas investigações.

A tia da menina muito mais preocupada que a própria mãe da criança resolve contratar uma dupla de detetives particulares para que estes tentem encontrar alguma pista e o paradeiro de Amanda.

Casey Affleck, irmão de Ben, nova promessa do cinema americano interpreta Patrick o investigador que apesar da inexperiência nesse tipo de crime aceita o caso e juntamente com sua namorada Angie iniciam a investigação.

Ao descobrir que a mãe da menina é uma viciada além de se unir à polícia local, Patrick utiliza seus antigos contatos para investigar o submundo em que a mãe de Amanda vivia.

Medo da Verdade é claramente dividido em duas partes com ritmos completamente diferentes.

É aí que reside um dos grandes méritos de Ben Affleck que nos prende à cadeira até que os mistérios se resolvam.

A tradução infeliz do título diz respeito aos dilemas morais que a descoberta de pistas traz a tona, a descoberta da verdade talvez não traga a tranqüilidade moral que o protagonista tanto procura. A relatividade do certo e errado é o tema essencial que se desenvolve e causa reflexão neste filme.


Pontos Altos: Entretenimento acima da média do gênero, Casey Affleck, Ed Harris detona como o policial

Pontos Baixos: Michele Monaghan que interpreta Angie é uma porcaria de atriz

Cronicamente Inviável

Diretor: Sérgio Bianchi
Elenco: Dira Paes, Zezeh Barbosa, Daniel Dantas, Betty Gofman, Zezé Motta, Cecil Thiré, Leonardo Vieira
Ano: 2000
Gênero: Drama






Este premiado filme conta as histórias de quatro pessoas que se reúnem para um jantar em um restaurante de São Paulo, são eles: o proprietário, sua gerente e um casal amigos dele. Paralelamente à discussão sobre a realidade brasileira que ocorre entre eles a história de cada um se desenvolve e a crítica social planejada por Bianchi se desenrola.
O que Bianchi demonstra é a diferença entre como as pessoas se vêem, são vistas e como enxergam o mundo e seu papel nele.
Cronicamente inviável traz uma crítica e uma linguagem cinematográfica diferenciada a qual não estamos acostumados o que pode causar estranhamento para alguns iniciantes.
Com uma montagem visivelmente trabalhosa e diálogos excessivamente verborrágicos o filme destila uma crítica social que atinge a todas as camadas sociais e traz à tona o papel de agente participador que todos possuem na realidade em que vivem.
Até que ponto Bianchi alcança a realidade efetiva da sociedade brasileira não podemos saber, mas como obra o diretor consegue fechar todas as questões e demonstrar que não há inocência, vítima ou algoz.


Pontos Altos: Final perturbador, montagem exata, crítica redonda
Pontos Baixos: Diálogos exagerados, fotografia pesada e excesso de história de vida dos personagens