sexta-feira, 25 de julho de 2008

Batman - O Cavaleiro das Trevas (The Dark Knight)

Diretor: Christopher Nolan
Elenco: Christian Bale, Michael Caine, Heath Ledger, Maggie Gyllenhaal, Gary Oldman, Aaron Eckhart, Morgan Freeman, Eric Roberts
Gênero: Ação
Ano: 2008





Christopher Nolan na sua segunda incursão no universo do homem morcego alcançou uma linguagem mais adulta que dialoga com os problemas das grandes cidades e das grandes nações especialmente do clima de terror vivenciado pelos americanos. O novo produto da franquia de Batman é infinitamente superior aos demais já produzidos e isso se deve mais ao roteiro do que as interpretações, afinal grandes atores já participaram dos diversos filmes desde a década de 90.
Batman – O Cavaleiro das Trevas é essencialmente um produto da época e do país em que foi lançado, Gotham City é uma grande metrópole infestada de corrupção e ligações criminosas em todas as suas esferas, a busca pela solução destes problemas pelo Comissário Gordon que se resigna em dividir espaço com policiais desonestos é conflitante com a retidão obcecada do Procurador Harvey Dent que insiste em limpar a cidade de todo e qualquer tipo de comportamento criminoso.
Um dos pontos centrais deste novo filme é a discussão sobre a própria idéia de justiça e moralidade, a simplificação e a divisão entre bem e mal é possível? É possível acabar com o mal? A justiça absoluta é algo que pode ser concretizado? E aprofundando, se posicionar contra o mal é algo realmente almejado pelas pessoas?
Há uma reflexão sobre os valores de justiça e os meios discutíveis para que ela seja alcançada, Batman é um justiceiro que não segue leis e Harvey Dent um procurador limitado por elas. Ambos dividem o amor pela mesma mulher, a incerteza sobre os próprios meios de combate ao crime e as conseqüências da guerra que decidem travar.
A aparição do Coringa instaura o caos e uma crise moral tanto nos heróis quanto no crime organizado da cidade. Um vilão perturbado, psicótico, terrorista, perigoso, engraçado e imprevisível, Heath Ledger criou um dos personagens mais marcantes das adaptações de histórias em quadrinhos, suas falas são hipnotizantes e impressionam mais do que sua própria imagem desfigurada e franzina.
O novo Batman nunca foi tão ameaçado física e psicologicamente como o é pelo desgovernado vilão maquiado.
Christopher Nolan nos deixa ansiosos pela sua próxima seqüência. O Cavaleiro das Trevas não é apenas um entretenimento grandioso afinal traz a tona diversas discussões aplicáveis a nossa realidade, tampouco isento de falhas, mas possui qualidades incontestáveis que devem agradar não só aos fãs mais exigentes, mas ao público em geral.


Pontos Altos: Heath Ledger, Heath Ledger, Michael Caine, Aaron Eckhart, a substituição de Katie Holmes, roteiro, caos, clima de terror generalizado, enfermeira
Pontos Baixos: Morte de um personagem promissor, morte de um ator promissor, Batman tem uma voz muito bizarra, Batman é um pássaro, aparição mínima e desnecessária do Espantalho, muita informação em pouco tempo

A Dama na Água (The Lady in The Water)

Diretor: M. Night Shyamalan
Elenco
: Paul Giamatti, Bryce Dallas Howard, John Boyd, Rich Bryant, Ethan Cohn, Monique Curnen, Tim Fash, Jessica Graham
Ano: 2006
Gênero: Fantasia






Com “A Dama na Água” Shyamalan confirma seus status de independência. Contrário às críticas, expectativas e cobranças o indiano encena uma fábula moderna que idealizou a partir de uma história de ninar que contava para seus filhos.
Shyamalan é responsável pelo roteiro, produção e direção, atua no filme e ainda aproveita pra fazer uma crítica bem humorada aos críticos através de um dos personagens que criou.
Apesar de se basear numa história feita para crianças este filme tem mensagens morais mais claras para os adultos e a realidade em que vivem.
A história se passa num grande prédio residencial habitado por todo tipo de pessoas onde o zelador Cleveland (Paul Giamatti) encontra uma jovem estranha chamada Story (Bryce Dallas Howard), aos poucos ele se envolve com os problemas do mundo da ninfa que saiu do universo azul materializado aqui pela piscina do prédio..
A premissa absurda, no entanto é introduzida de forma gradual o que garante um envolvimento tanto do espectador quanto dos personagens do longa.
Ao serem absorvidos pela operação de salvamento da jovem ninfa a solidariedade e o pensamento heróico e altruísta se espalham e os moradores esquecem por um momento suas rotinas e vivem na realidade do encantado.
Cada um deles possui um papel de importância e responsabilidade na sobrevivência do mundo mágico que encontra identidade fácil com uma crítica à realidade egocêntrica moderna.
Delicado, envolvente e emocionante, este filme recebeu pouca atenção em seu lançamento e merece uma chance.

Pontos Altos: Bryce Dallas Howard perfeita, desvendamento gradual do roteiro, fotografia
Pontos Baixos: Efeitos especiais constrangedores

Sombras de Goya (Goya's Ghost)

Diretor: Milos Forman
Elenco: Javier Bardem, Natalie Portman, Stellan Skarsgård, Randy Quaid, Blanca Portillo, Michael Lonsdale, José Luis Gómez, Mabel Rivera
Ano: 2006
Gênero: Drama





Milos Forman o multi-premiado diretor recupera a boa forma após o mais que enfadonho “O Mundo de Andy”, Sombras de Goya é ambientado na Espanha do século XVIII e mesmo sendo falado em inglês é um acerto.
Francisco Goya o aclamado pintor narra a intensificação da inquisição espanhola que ocorre ao seu redor. Javier Bardem interpreta o padre Lorenzo, um religioso que defende o recrudescimento das perseguições inquisitórias, justificando-o como única forma de reverter a degradação dos valores da sociedade espanhola.
Uma das musas de Goya é escolhida como bode expiatório após ser vista numa taberna recusando comer carne de porco sendo por isso falsamente apontada como judia, a jovem Inês (Natalie Portman) é então julgada, torturada e presa.
Durante quinze anos a cruel igreja católica se mantém no poder e a mudança de cenário político causada por uma revolução traz conseqüências imprevisíveis para a população.
Enquanto isso Goya acompanha o destino de Inês consumido pela por não tê-la ajudado quando teve a oportunidade.
Sombras de Goya trata dos horrores perpretados por qualquer classe dominante e suas conseqüências nefastas. Justiça, lógica e igualdade são valores inexistentes se dificultam de alguma forma o exercício de poder.
Forman dirige um filme eficiente que emociona e merece ser conferido.


Pontos Altos: Natalie Portman, Natalie Portman, fotografia, maquiagem e ritmo do roteiro
Pontos Baixos: Poderia ser todo falado em espanhol é claro

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Zona do Crime (La Zona)

Diretor: Rodrigo Plá
Elenco: Daniel Giménez Cacho, Maribel Verdú, Daniel Tovar, Carlos Bardem, Marina de Tavira, Mario Zaragoza, Andrés Montiel, Blanca Guerra, Enrique Arreola
Ano: 2007
Gênero: Drama




O título original caso traduzido literalmente daria a entender que estamos falando de outro tema quando na verdade ele apenas é o nome do condomínio fechado de alto luxo da Cidade do México onde se passa o drama dirigido pelo iniciante Rodrigo Plá.
É apenas a língua que diferencia este condomínio de tantos outros que se multiplicam nas grandes cidades brasileiras. Na suposta busca de segurança que o Estado falha em fornecer a classe média alta se isola nestas verdadeiras ilhas para se proteger e viver de forma organizada.
Zona do Crime extrapola essa discussão moderna sobre a validez desse novo modelo de organização e explora os comportamentos resultantes do novo tipo de organização social.
Numa tempestade um outdoor cai e invade os limites do condomínio permitindo que um grupo de jovens pobres o invadam para roubar os moradores. O roubo obviamente tem um fim trágico e uma série de crimes é cometida.
Um seleto grupo de moradores então começa uma operação que busca esconder provas da polícia e de outros moradores para preservarem seu “mundo”, paralelamente se dá uma perseguição pelo delinqüente remanescente do grupo, a opinião do grupo e a influência no cotidiano de todos são acompanhadas tanto pelas câmeras de segurança quanto pelas convencionais câmeras cinematográficas.
Ao se responsabilizar pela própria segurança o grupo se absorve numa espiral descontrolada e crescente de violência na qual acredita poder realizar justiça sem a presença “corrupta” da justiça convencional, estabelecendo e executando penas sem um prévio julgamento.
Rodrigo Plá desenvolve de forma hábil o drama que denuncia de que forma um grupo social dominante age em defesa de “um direito” desrespeitando de forma estarrecedora uma série de pressupostos de moral e respeito pela vida humana.


Pontos Altos: Tema atual e urgente, atuações consistentes
Pontos Baixos: Poderia ser mais longo e melhor explorado

Sangue Negro (There Will Be Blood)

Diretor: Paul Thomas Anderson
Elenco
: Daniel Day-Lewis, Paul Dano, Kevin J. O'Connor, Ciarán Hinds, Russell Harvard, Mary Elizabeth Barrett, Kevin Breznahan, Brad Carr, Mark Flanagan
Ano: 2007
Gênero: Drama





Sangue Negro é um filme para poucos e isso é um elogio. Longo, pesado e cru o longa (que é bem longo por sinal) se apóia nas interpretações irretocáveis de Daniel Day-Lewis e Paul Dano.
Daniel Day-Lewis, que só sai da toca pra ganhar um bom Oscar interpreta Daniel Plainview um minerador solitário que ao descobrir petróleo resolve montar uma empresa de prospecção para alcançar enormes lucros com seu talento técnico.
Logo no início um de seus operários morre tragicamente em uma escavação e ele acaba adotando o bebê do falecido.
A criança desde cedo acompanha o pai em todos os momentos e a relação entre ambos exemplifica a evolução do caráter de Daniel.
Lucro, cobiça, traições, fé e morte são os elementos que entram em conflito tanto internamente quanto no meio em que Daniel vive.
O obstinado e inescrupuloso Plainview representa o interesse de grandes corporações que se aliam aos elementos que possam trazer mais lucro em menos tempo, ignorando ética, respeito ou honestidade e os abraçando caso seja mais interessante do ponto de vista financeiro.
Paul Thomas Anderson que já dirigiu Magnólia mais uma vez acerta ao optar pelo cinema reflexivo e sem soluções de edição e montagem comerciais.
Assistir Daniel Day-Lewis nunca é demais.

Pontos Altos: Embates entre o profeta e Daniel, cena da pista de boliche, explosão pré-surdez do garoto
Pontos Baixos: Paul Dano interpreta dois irmãos e isso ficou muito confuso mesmo

Estamos bem mesmo sem você (Anche Libero Va Bene)

Diretor: Kim Rossi Stuart
Elenco: Alessandro Morace, Kim Rossi Stuart, Barbara Bobulova, Marta Nobili, Pietro De Silva, Roberta Paladini, Sebastiano Tiraboschi
Ano: 2006
Gênero: Drama





Este drama italiano é a estréia do ator italiano Kim Rossi Stuart na direção, além de dirigir ele também interpreta o pai de uma família que vive normalmente apesar da ausência materna.
A conturbada rotina familiar é narrada pelo pequeno filho Tommy (o carismático Alessandro Morace), e através de seus olhos pode-se ver os hiperbólicos conflitos e afetos de um núcleo familiar tipicamente italiano.
A relação entre os filhos e o pai é de amor, ódio e irracionalidade. Neste conjunto existe um delicado equilíbrio que se perturba quando a mãe insistentemente procura retomar o papel que havia abandonado anteriormente.
É impossível não se identificar com o garoto e seu desejo em estar num ambiente convencional familiar mesmo que precise se infiltrar na família perfeita de um vizinho ou ignorar os problemas da mãe.
A falta de dinheiro e o temperamento explosivo do pai oscilam de tal forma que a imprevisibilidade de seu afeto demonstra o quanto as crianças são vítimas e sobreviventes no agressivo mundo adulto. Por outro lado nota-se o desespero de um pai que se vê sozinho com duas crianças sem saber como resolver os problemas e como criar os filhos, ao mesmo tempo precisa solucionar os próprios problemas.
Estamos Bem Mesmo Sem Você possui uma mensagem que talvez não faça sentido para as pessoas que não tiveram experiências familiares conturbadas, mas que deve atingir aqueles que acreditam que mesmo a família mais imperfeita é o melhor refúgio e apoio que podemos ter diante das dificuldades.


Pontos Altos: Passeios dos filhos pelas ruas, Alessandro Morace
Pontos Baixos: E se alguém tivesse despencado do telhado seria um drama avassalador!

sábado, 12 de julho de 2008

Apenas Uma Vez (Once)

Diretor: John Carney
Elenco: Alaistair Foley, Catherine Hansard, Glen Hansard, Kate Haugh, Senan Haugh, Darren Healy, Gerard Hendrick, Bill Hodnett, Markéta Irglová
Ano: 2006
Gênero: Romance






Apenas uma Vez possui uma linguagem própria e um estilo de câmera quase amador que causa muito estranhamento até que a história nos envolva. A deficiência, no entanto é proposital e tem a ver com a espontaneidade do desenrolar do filme.
A história basicamente é a de um homem irlandês (sem nome) que trabalha consertando aspiradores na loja de seu pai e nas horas vagas ganha uns trocados cantando suas desilusões amorosas pelas ruas, em um desses momentos ele conhece uma imigrante tcheca (sem nome) que ao vender rosas pelas ruas se interessa pelas suas letras e que a partir de uma simples conversa iniciam uma relação de cumplicidade e amizade que se expressa e evolui através da música.
O longa metragem de John Carney é recheado de boas composições e belíssimas (com ênfase) interpretações que poderão deixar o espectador muito interessado (mesmo) pela trilha sonora.
Mas não se trata apenas disso, Apenas uma Vez encanta ao fugir dos clichês das comédias românticas ao apresentar personagens comuns que estão longe do estereótipo de um conto de fadas moderno ou da realização de um romance impossível.

Um romance moderno absolutamente encantador que inova através da simplicidade e emoção.
Obrigatório.
Assistam imediatamente.

Pontos Altos: Interpretações simples, carismáticas e encantadoras, músicas belíssimas, orçamento de 150 mil dólares que rendeu milhões na bilheteria
Pontos Baixos: Não tem

O Corte (Le Couperet)

Diretor: Costa-Gavras
Elenco: José Garcia, Karin Viard, Geordy Monfils, Christa Theret, Ulrich Tukur, Olivier Gourmet, Yvon Back, Thierry Hancisse
Ano: 2005
Gênero: Drama/Humor negro







José Garcia é Bruno Davert um engenheiro da indústria de celulose que após uma reestruturação acaba sendo dispensado de sua função numa grande empresa de papel, o que poderia ser um impulso para alcançar novos desafios torna-se um verdadeiro tormento familiar.
A qualificação não é o problema do universo do desemprego neste filme e por isso resolver a situação não está ao alcance do indivíduo comum, desta forma ele não pode ser considerado o culpado de seu problema e a dependência a um empregador causa danos devastadores nas pessoas e seus núcleos familiares.
Mais de dois anos sem emprego e o incansável pai de família farto da situação que se encontra resolve solucionar seu problema de uma forma drástica.
Bruno arquiteta um simples e eficiente plano para descobrir quem são seus concorrentes e os persegue para então literalmente “matar” a concorrência.
Não é possível levar a sério Bruno, mas seus problemas e as conseqüências da sua prolongada falta de atividade são completamente verossímeis.
O desesperado homem abandona a estereotipada passividade do desempregado e maquiavelicamente molda seu destino.
Crítica social com uma pitada de humor negro ou “Um dia de Fúria” com sotaque francês.

Pontos Altos: A interpretação furiosa de José Garcia, a facilidade das execuções
Pontos Baixos: Desfecho interessante porém previsível

As Crônicas de Spiderwick (The Spiderwick Chronicles)

Diretor: Mark Waters
Elenco: Freddie Highmore, Sarah Bolger, Seth Rogen, Mary-Louise Parker, David Strathairn, Izabella Miko
Ano: 2008
Gênero: Aventura







As Crônicas de Spiderwick é um destes títulos que exploram temas fantásticos para atrair as crianças ao cinema, não é algo original, mas isso não é um problema, a compensação chega através de um elenco talentoso e afinado somados a efeitos especiais delicados e bem utilizados traduzidos num filme agradável, sensível, emocionante e divertido.
Freddie Highmore é indiscutivelmente o grande astro deste gênero, o garoto convence e se tiver um bom agente seguirá a mesma trilha de outro talento em ascensão Shia LaBeouf, interpretando gêmeos o menino carrega o filme apesar de contracenar com outros atores de talento mais do que considerável.
A família depois de uma crise financeira se muda de Nova York para uma cidade pequena, ao ocuparem a afastada casa herdada pelo tio da mãe das crianças o tédio e revolta do filho Jared se transforma numa interessante aventura fantástica com começo meio e fim, seqüências são bem-vindas, mas roteiro com conclusão que está totalmente fora de moda nos blockbusters atuais é sim uma boa opção.
Outra interessante diferença é que a aventura envolve a todos não caindo na idéia batida de que tudo foi imaginação de uma criança só que estava muito entediada.
As Crônicas... atingiu o que A Bússola de Ouro não conseguiu fazer, entretenimento coeso com efeitos especiais utilizados de forma adequada. O roteiro e as atuações devem sim ser mais importantes que os efeitos, afinal isso traz longevidade a um filme.

Pontos Altos: Atuações e efeitos
Pontos Baixos: Pontinha sem vergonha de Nick Nolte

sábado, 5 de julho de 2008

Sex And The City

Diretor: Michael Patrick King
Elenco
: Sarah Jessica Parker, Kim Cattrall, Cynthia Nixon, Kristin Davis, Chris Noth, Jason Lewis, Jennifer Hudson, Evan Handler, Willie Garson, David Eigenberg, Mario Cantone
Ano: 2008
Gênero: Comédia Romântica




O aguardado longa de Sex And The City chega as grandes telas com as antigas personagens, alguns novos e quase os mesmos temas. Ao colocar o produtor executivo da série na criação do roteiro e na direção o resultado não é o equivalente a um episódio médio da (ótima) série, longe disso.
Quatro anos se passaram e o quarteto parece ter perdido sua força, de agentes de mudanças essas mulheres se tornaram vítimas das próprias vidas e coadjuvantes da real ação que acontece na mão dos homens.
A revolução sexual feminina sumiu.
As cenas mais tórridas de sexo acontecem com figurantes, excetuando uma única cena de Miranda com nudez.
As personagens não evoluíram e os quatro anos que se passaram não trouxeram mudanças significativas.
Carrie continua a mesma compradora compulsiva e amante masoquista, Charlotte tem uma participação mínima exceto por quando se torna o destaque em um momento desnecessário e de mau gosto, Samantha perde a essência liberal e humor característico e Miranda continua egocêntrica e agora sem momentos engraçados.
Nem mesmo a interação entre elas rende momentos bem humorados. A moda presente também não traz nada de especial.
As amigas se tornaram senhoras chatas, e o seriado acabou na hora certa.
Dá pra viver sem.

Pontos Altos: Créditos finais rolando na tela (ufa!), participação do PETAPontos Baixos: Cena escatológica, Samantha não transa, falta de emoção, diversão zero

Meu Nome Não é Johnny

Diretor: Mauro Lima
Elenco: Selton Mello, Cléo Pires, Júlia Lemmertz, Cássia Kiss, André de Biase, Rafaela Mandelli, Eva Todor, Luis Miranda
Ano: 2008
Gênero: Drama





Grande sucesso dos cinemas brasileiros Meu Nome Não é Johnny apóia-se no talento de Selton Mello e ao fato de ser uma história real e sobre tráfico de drogas.
A produção é bem cuidada, mas nem todos os atores convencem o que traz uma atmosfera irreal à trama.
João Estrela é o famoso garoto bom que vai pro mau caminho porque não recebe atenção dos pais, parece clichê, soa enfadonho, mas baseia-se numa história verídica. João é uma vítima da família moderna e nós somos vítimas da falta de roteiros originais no cinema brasileiro.
Meu Nome Não é Johnny é um drama, mas apela 85% do tempo total aos talentos humorísticos de Selton Mello que mal dirigido nos faz pensar que estamos assistindo “Os Normais”.
Cléo Pires é péssima como sempre.
Mauro Lima não consegue definir o tom dramático necessário ao filme imprimindo ao protagonista um estigma de adorável anti-herói descartando até outros tipos de abordagens psicológicas possivelmente mais interessantes.
Moral da história: Só pobre fica na cadeia.

Pontos Altos: Selton Mello, Eva Todor como a dona da ambrósia
Pontos Baixos
: Atores nível Malhação, comédia que deveria ser drama, Cássia Kiss (my ass)

Efeito Dominó (The Bank Job)

Diretor: Roger Donaldson
Elenco
: Jason Statham, Saffron Burrows, Stephen Campbell Moore, Daniel Mays, James Faulkner, Alki David
Ano: 2008
Gênero: Roubo de Banco






Ninguém precisa de mais um filme sobre um elaborado roubo milionário de um banco, mas Efeito Dominó apesar de não ser um grande filme não se limita ao crime em si.
Baseado numa história real sobre um dos maiores roubos da história inglesa e seus bastidores e motivações o roteiro é eficiente.
A trilha quase deslancha e a direção mais se assemelha com uma série de televisão do que com um filme em si, mas Jason Statham o protagonista segura o filme com facilidade.
Não é um cofre cheio de dinheiro e sim o conteúdo das caixas de depósito que estão no cofre do banco que trarão à tona os segredos, dinheiro e jóias, a verdadeira ação começa quando o roubo termina, muitos são os interessados em trazer ou evitar a qualquer custo que certos conteúdos venham a público.
Tela Quente.


Pontos Altos: Jason Statham, roteiro interessante, não existem bandidos e sim "vilões"
Pontos Baixos: Parece seriado, mas não é, trilha irritante em alguns momentos