quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Foi Apenas Um Sonho (Revolutionary Road)

Diretor: Sam Mendes

Elenco: Leonardo DiCaprio, Kate Winslet, Kathy Bates, Kathryn Hahn, Michael Shannon, Dylan Clark Marshall, Zoe Kazan, Kristen Connolly, Ryan Simpkins

Gênero: Drama

Ano: 2008







Foi Apenas um Sonho poderia ter diversas traduções, a escolhida, no entanto, dá conta de apenas parte de seu significado. O filme retrata um encontro de dois jovens norte-americanos cheios de sonhos e ambições nos anos 50 que se apaixonam, casam e passivamente veem a destruição de tudo aquilo que poderiam ser, viver e ousar.

Com dois filhos esperando em casa Frank e April Wheeler permanecem em crise, conscientes da vida medíocre e odiosa que proporcionam a eles próprios e um ao outro.

Se em certo momento o casal se confronta com a verdade e decide mudar para depois ficar em dúvida, cabe a John o filho supostamente desequilibrado da corretora e amiga de April o papel de relembrá-los da dolorosa verdade que tentam ignorar a favor das aparências e os forçar a encarar os fatos.

Sam Mendes encena um filme numa década muito diferente e semelhante no que diz respeito a relações humanas, a crise proporcionada pelo casamento é evidente desde há muito tempo, não à toa a todo o momento somos apresentados a “novos” tipos de organização para a modernização e sobrevivência do matrimônio.

A dura realidade de Foi Apenas um Sonho não deixa dúvidas que rapidamente o amor se transforma em desprezo, algo que contamina 95% dos relacionamentos até para os que não esperam esse tipo de reação do cônjuge ou se julgavam muito apaixonados.

Apesar da facilidade em transmitir a responsabilidade da infelicidade para o outro, o filme não hesita em dizer que pessoalmente o martírio da culpa individual é absolutamente atroz levando a muitos atos desesperados.


Pontos Altos: Kate Winslet ao contrário das concorrentes é muito mais atriz do que celebridade, Leonardo “quero um Oscar” DiCaprio, Michael Shannon como o louco que fala só verdades

Pontos Baixos: Ritmo lento do início do filme

Rocknrolla - A Grande Roubada (Rocknrolla)

Diretor: Guy Ritchie

Elenco: Gerard Butler, Gemma Arterton, Jamie Campbell Bower, Jeremy Piven, Thandie Newton, Tom Wilkinson, Mark Strong, Idris Elba, Ludacris, Tom Hardy

Gênero: Ação

Ano: 2008







Rocknrolla é o aguardado retorno a boa forma de Guy Ritchie, e por isso entenda-se a volta ao tema em que foi reverenciado, o universo britânico do crime com uma dose balanceada de humor.

Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes o seu melhor título até hoje é a fonte inspiradora para este filme de ação recheado de efeitos especiais espertos, tomadas de câmera criativas, personagens carismáticos, traições, uso de drogas e excelente trilha sonora.

Guy Ritchie possui uma grande familiaridade com o tema e o desenvolve de maneira bem humorada o que inevitavelmente resulta num filme razoavelmente interessante e divertido, mas aparentemente a ousadia na forma não supera a repetição de conteúdo e Rocknrolla é apenas uma cópia pouco atualizada de Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes e Snatch.

Apesar do caráter genérico de seu filme o retorno pode demonstrar uma redefinição na controversa carreira do diretor. Consideremos que um retorno com mais do mesmo pode ser melhor que um fracasso retumbante.

O roteiro que não envolve até é superado em alguns momentos pelas interpretações extremamente magnéticas do jovem Mark Strong e do tarimbado Tom Wilkinson. O elenco afinado desenvolve com espontaneidade o clima de história em quadrinhos da película que deve agradar aos fãs de Ritchie.

Aguardemos o próximo filme na esperança da mudança.

Hey Mr Ritchie, please change the record!



Pontos Altos: Os capangas russos imortais, as gracinhas do Handsome Bob, cenas boas de porrada

Pontos Baixos: O inferno é a repetição

Canções de Amor (Les Chansons d'amour)

Diretor: Christophe Honoré

Elenco: Louis Garrel, Ludivine Sagnier, Chiara Mastroianni, Clotilde Hesme, Grégoire Leprince-Ringuet, Brigitte Roüan, Alice Butaud

Gênero: Musical

Ano: 2007








Sabe aqueles musicais que de repente alguém levanta e começa a cantar e a pessoa ao lado continua a música e você pensa que talvez não tenha sido uma boa idéia a escolha daquele filme?

Canções de Amor não se enquadra neste estereótipo, talvez pela história ou pela própria qualidade das músicas e graça das interpretações esse ato ensandecido de sair cantando pode acabar te conquistando.

É óbvio que a categoria Musical tem apreciadores e não adianta insistir com quem acha tudo isso uma insanidade, mas o gênero que já foi muito popular no passado parece que realmente voltou para ficar.

Além das boas músicas e do charme parisiense Canções de Amor trata de novas formas de amor, logo no início um jovem e duas garotas dividem uma cama simbolizando a relação a três em que vivem. Há uma naturalidade que não escapa do questionamento dos reais motivos de cada um para viver aquela realidade que mais tarde surpreendentemente muda completamente de formato e se concentra mais em cada um dos personagens e seus dramas pessoais.

Louis Garrel é uma das maiores jovens sensações do cinema europeu e apesar de não ser dos melhores intérpretes musicais rouba a cena com seu charme francês, desde Os Sonhadores o nome de Garrel se tornou referência no novo cinema europeu.

Apesar da tragédia não há além do próprio clima cinzento da cidade uma atmosfera melancólica, a ênfase é no que acontece quando as pessoas começam a superar uma crise e retomam suas vidas.


Pontos Altos: Músicas ótimas e adequadas, Paris sempre, liberdade sexual surpreendente

Pontos Baixos: Ninguém toma banho ou lava suas roupas na França

Série da Semana

Lost é um dos maiores fenômenos da atualidade, a série de 2004 tem como maior atrativo não o cotidiano e as aventuras de sobreviventes em um acidente aéreo numa ilha aparentemente deserta, mas os flashbacks que revelam parte do passado dos sobreviventes e talvez a verdadeira trama por trás do acidente.

Circunstâncias misteriosas, belas imagens, romances e sequências de ação muito bem executadas. Lost confunde, surpreende e mais do que tudo é um assunto pra se conversar.

Talvez um pouco de imaginação demais ou um excesso de reviravoltas, mas depois que se familiariza com o universo dificilmente o espectador consegue abandonar Lost.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Vicky Cristina Barcelona

Diretor: Woody Allen

Elenco: Scarlett Johansson, Penélope Cruz, Javier Bardem, Rebecca Hall, Chris Messina, Patricia Clarkson, Carrie Preston

Gênero: Comédia/Drama

Ano: 2008








As amigas americanas Vicky (Rebecca Hall) e Cristina (Scarlet Johansson) decidem passar férias de verão em Barcelona, cada uma com seus interesses específicos e personalidades completamente opostas, mas se apaixonam pela cidade e terminam envolvidas em algo mais perigoso que um triângulo amoroso.

Woody Allen retorna a boa forma perdida desde Match Point nos apresentando um complexo, bem humorado e extremamente interessante “quadrado amoroso”.

A pragmática Vicky faz um perfeito contraponto a aventureira e romântica Cristina, mas aos poucos é possível notar que estas mulheres não são tão diferentes assim e tem os mesmos desejos, a aventura de verão é algo que lhes agrada de maneiras distintas, mas que no final se torna apenas uma experiência de vida.

A outra parte do quadrado é formada por Juan Antonio (Javier Bardem) e sua ex-mulher Maria Elena (Penélope Cruz) um casal que se completa de várias formas e que não consegue conviver pacificamente por mais que dez minutos.

Os quatro elementos e seus variados graus de neurose, criatividade, paixão e sonhos se envolvem de maneira surpreendente, a relação é desenhada de uma forma que Woody Allen domina com maestria acrescida de uma crítica ao american way of life e do próprio mundinho criativo da classe artística.

Os atores interpretam seus apaixonados personagens com uma grande entrega que é evidente e traz uma grande veracidade a toda situação. É provável que se inicie uma nova série de parcerias de atores com o diretor que não se esquece de seus “preferidos”.

Scarlet Johansson tão aclamada atualmente não é dos maiores destaques e já começa a se tornar um elemento duvidoso nos filmes de Allen. A musa de lábios carnudos nada mais é que um chamariz para atrair marmanjos aos cinemas além de agradar os olhos do próprio Woody Allen.


Pontos Altos: Penélope Cruz e Rebeca Hall neuróticas e furiosas, a proposta cara de pau de Juan Antonio, o belo cenário

Pontos Baixos: Narração em off irritante apresentando os personagens e detalhando as cenas, Scarlet boneca inflável Johansson tire férias dos cinemas por favor

Ritmo de um Sonho (Hustle and Flow)

Diretor: Craig Brewer

Elenco: Terrence Howard, Anthony Anderson, Taryn Manning, Taraji P. Henson, Paula Jai Parker, Elise Neal, DJ Qualls, Ludacris, Isaac Hayes

Gênero: Musical/Drama

Ano: 2005








Se você é uma das pessoas que torcem o nariz para os clipes de rappers americanos Ritmo de um Sonho pode sim ser tão interessante quanto seria para os apreciadores deste gênero musical.

Terrence Howard (Crash – No Limite) interpreta Djay um cafetão e traficante que busca a superação da origem pobre e violenta através de seu talento musical.

Craig Brewer traça um retrato sincero e sem grandes rodeios da vida de pessoas marginalizadas pela sociedade. O esperançoso e truculento Djay é apresentado como um produto do meio e se apega a isso para alcançar seus objetivos.

A relação com suas prostitutas é ambígua e extremamente interessante. Há uma co-dependência entre aquelas mulheres e seu cafetão, uma figura protetora afetuosa e igualmente exploradora e autoritária.

A necessidade fundamentadora da relação entre as partes ultrapassa a questão da sobrevivência e opera num nível emocional que tanto os auxilia na vivência da dura realidade em que estão quanto gera transformações em todos quando a música começa a ser composta e o sonho de todos os envolvidos começa a se tornar realidade mesmo que indiretamente.

Algumas feministas poderiam ver Ritmo de Um Sonho como um justificador da desigualdade entre homens e mulheres, um fato que não preocupou o diretor e que parece ser um sintoma de uma realidade, mas que deve ser considerado um problema quando tais artistas depois de famosos colocam as mulheres para dançar em seus clipes com closes ginecológicos sem real necessidade, o filme, no entanto, não reduz as mulheres por suas profissões e humaniza essa categoria de trabalhadoras.

Ritmo de um Sonho é apenas um filme sobre uma paixão e um sonho numa embalagem que não estamos acostumados.


Pontos Altos: A música deles é pegajosa, Djay descobre o amor de forma emocionante

Pontos Baixos: Mulheres sem autonomia nenhuma

Samaritan Girl (Samaria)

Diretor: Ki-duk Kim

Elenco: Yeo-reum Han, Ji Min Kwak, Eol Lee, Kwon Hyun-Min, Oh Young

Gênero: 2004

Ano: Drama






Cada vez mais o cinema coreano demonstra maturidade e inovação, o controverso Samaritan Girl não foge da polêmica e aborda a erotização infantil e toda a atração e poder existente neste universo.

Duas jovens e melhores amigas logo de início demonstram que não há inocência debaixo de seus uniformes escolares, enquanto uma delas se apresenta como prostituta juvenil a outra é sua agenciadora.

A cafetina exerce um papel moralizador enquanto a prostituta é uma liberal, além disso, as meninas desenvolvem uma relação de amizade erotizada e ambígua. Não bastasse toda essa polêmica a prostituta se suicida antes de ser presa pela polícia coreana no momento que se encontrava com um homem mais velho.

Desesperada e perdida Jae-Yeoung resolve refazer o percurso da amiga falecida e se encontra com todos os homens de sua agenda. Em certo momento o pai que é policial reconhece a filha através de uma janela enquanto investiga um crime e a perda da inocência e sua vida dupla se tornam uma obsessão para o inconsolável pai.

Obviamente a tragédia é o caminho final do filme, mas as tentativas de aproximação do pai e seu confronto com os homens que se encontraram com sua filha são dirigidas habilmente por Ki-duk Kim que ao final de seu filme consegue atingir um tom de complexidade e possibilidade real de existência a este famigerado universo da pedofilia.


Pontos Altos: Relação entre sexo e imaturidade tratada abertamente, Coréia existe, honra oriental em conflito com o desejo

Pontos Baixos: O pai revoltado mira sua urinada na cara de um dos clientes de sua filha num banheiro público (Meu Deeeeeus)


Série da Semana

Arquivo-X é indiscutívelmente um dos grandes marcos da televisão norte-americana, foram nove anos de muito suspense, alienígenas, criaturas estranhas, ocultismos, conspirações, corpos exumados, algumas homenagens e tudo que um bom seriado de ficção científica poderia conter.
Mulder e Scully pertencem ao imaginário coletivo, afinal a complexidade das tramas e a tensão sexual não concretizada entre ambos sempre fascinou seus seguidores.
Recentemente o segundo filme baseado na série foi lançado, o que só fez aumentar a admiração pela série de tão ruins em comparação com os episódios.
Um marco de uma época e uma referência. Arquivo-X é único e reina sozinho em seu segmento.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

O Curioso Caso de Benjamin Button (The Curious Case of Benjamin Button)

Diretor: David Fincher

Elenco: Brad Pitt, Cate Blanchett, Tilda Swinton, Julia Ormond, Elle Fanning, Elias Koteas, Jason Flemyng, Taraji P. Henson, Josh Stewart

Gênero: Drama

Ano: 2008








Adaptado de um conto de F. Scott Fitzgerald, o roteiro de Eric Roth transforma a pequena história cômica em um drama sobre o amor e seus limites.

Benjamin nasce como um bebê fisicamente velho e rejuvenesce com o passar dos anos, seu grande desafio é viver como um jovem apesar dos problemas de estar preso num corpo decadente, tal processo avança inversamente à ordem natural e se reverte com os anos.

O esperado romance se inicia com seu encontro com a pequena Daisy, por quem se apaixona, mas precisa manter certo distanciamento pela aparente absurda diferença de idade.

Inexplicavelmente a menina graciosamente interpretada por Elle Fanning se apega ao velho Benjamin e pede a ele que mantenha contato constante. Um comportamento precoce demais para uma menina que naturalmente deveria ter outros interesses mais adequados a sua idade.

Encontros e desencontros se repetem entre o peculiar casal e o filme acompanha toda essa evolução.

O roteiro fantasioso em essência é tecnicamente perfeito e utiliza recursos de maquiagem e efeitos especiais de forma extremamente adequada, ao mesmo tempo contextualiza o drama com momentos históricos buscando familiarizar o público, uma missão praticamente impossível, afinal a tecnologia atual ainda parece mais com animação que com realidade.

O Curioso Caso de Benjamin Button tem uma narrativa muito agradável na qual os 160 minutos do filme não parecem mais que 80, a leveza que permite essa sensação acaba por prejudicar a densidade dramática esperada para o protagonista que parece resignado demais com sua condição.

É um desafio notável transformar tal conto em um filme com atores reais. Igualmente difícil é se absorver pela história e não ficar minuto a minuto tentando descobrir que tipo de artifício é utilizado para demonstrar a mudança de idade dos personagens.

Benjamin vive de forma mais estranha que sua própria peculiaridade, sem grandes conflitos e crises o personagem é deslumbrado e carece de humanidade, perdemos uma grande oportunidade de assistir um drama de peso.

Certas histórias deveriam permanecer nos livros e viver apenas em nossa imaginação.


Pontos Altos: Maquiagem excelente, originalidade do tema

Pontos Baixos: Computação gráfica ainda não atingiu a perfeição e causa estranhamento, visual Final Fantasy dos efeitos, falta de profundidade, sem linearidade: Benjamin nasce bebê velho e morre bebê novo

Caiu do Céu (Millions)

Diretor: Danny Boyle

Elenco: Kolade Agboke, Alun Armstrong, Enzo Cilenti, Daisy Donovan, Alex Etel, Christopher Fulford, Leslie Phillips

Gênero: Comédia Dramática

Ano: 2004








Caiu do Céu é uma linda e tocante história filmada com muito bom humor e imagens fantásticas.

Damien, o protagonista, é o garoto mais fofo do mundo, seu hobby predileto é conhecer a história dos santos católicos e graças a sua ingenuidade tem uma fé forte e poderosa que lhe permite conversar com os santos e pedir conselhos para suas maiores dúvidas.

Há algum tempo o pobre garoto perdeu sua mãe e agora vive com seu irmão mais velho e seu pai.

A história de Caiu do Céu é sobre uma mala recheada de libras que Damien encontra perto de uma linha de trem, acreditando que tal objeto caiu do céu o garotinho mostra a seu irmão e ambos entram em conflito sobre o destino a ser dado ao dinheiro, detalhe importante é que em poucos dias haverá a conversão da moeda para o euro e aquilo tudo pode perder a validade.

Ao mesmo tempo em que a dupla de garotos tenta gastar o dinheiro com idéias diferentes o criminoso verdadeiro dono da mala os persegue para recuperar seu dinheiro antes que seja tarde demais.

Caiu do Céu foi dirigido por Danny Boyle, o aclamado britânico que com seu estilo único transforma o simples roteiro num conto de fadas original e moderno que discute ética, fé e valores humanos através dos olhos de uma criança.

Se há grande risco em apoiar um filme no talento de um ator mirim, a escolha de Alex Etel como protagonista se demonstra absolutamente acertada, o garoto interpreta de forma verdadeira, graciosa e sem exageros.

Encantador, divertido e emocionante Caiu do Céu é imperdível.


Pontos Altos: Roteiro, tomadas aéreas, direção perfeita, interpretações excelentes

Pontos Baixos: Toneladas de propaganda descarada

Kung-Fusão (Kung Fu Hustle)

Diretor: Stephen Chow

Elenco: Kwok Kuen Chan, Stephen Chow, Xiaogang Feng, Dong Zhi Hua, Chi Chung Lam, Siu Lung Leung, Hsiao Liang, Yuen Qiu.

Gênero: Ação

Ano: 2004








Kung-Fusão é uma comédia de ação chinesa que fez grande sucesso em vários países como a própria China e os EUA quando do seu lançamento, tudo isso devido à utilização harmoniosa de efeitos especiais, artes marciais e humor debochado.

Os efeitos especiais trazem referências a (obviamente) filmes de kung fu antigos, desenhos animados e a já manjada Trilogia Matrix numa clara homenagem que o diretor e protagonista Stephen Chow apresentou de forma eficiente em seu longa.

Este não é um filme para todos, os admiradores destes gêneros conseguirão apreciar com muito prazer esse tipo de humor e coreografias de luta que podem ser extremamente cansativas ou sem muito sentido para uma parcela do público.

A abordagem e a forma em que os efeitos são apresentados demonstram que o cinema de Stephen Chow é muito mais original e criativo que as comédias de ação norte-americanas, que tão semelhantes entre si não utilizam a divertida bricolagem de Kung-Fusão.

O exagero e o deboche dão um tom cômico que se não é hilário ao menos provoca vários sorrisos e algumas gargalhadas na maioria do público que assiste ao filme.


Pontos Altos: Seqüências de luta divertidíssimas, visual fantástico, fotografia certinha

Pontos Baixos: Um pouco mais de ousadia no roteiro e virava um clássico