quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Anticristo (Antichrist)

Diretor: Lars Von Trier

Elenco: Charlotte Gainsbourg, Willem Defoe

Gênero: Drama/Horror

Ano: 2009








Em recentes entrevistas Lars Von Trier revelou que uma depressão profunda entre outras coisas quase o levou a abandonar sua condição de cineasta, este filme segundo ele seria parte do seu processo de recuperação e retomada. Sua finalização já lhe seria um triunfo suficiente pouco importando as críticas ou opiniões alheias.

Anticristo é um drama de horror extremamente exagerado em suas qualidades e falhas, sua trilha e estética não possuem muitos paralelos no cinema, a cena inicial que revela a morte acidental do filho de um casal no momento em que praticam sexo é marcante e bela, já o luto decorrente da tragédia especialmente da mãe da criança é tão abstrato e intenso que beira a artificialidade.

Preocupado com o estado de sua esposa, uma escritora, o marido decide aplicar nela seu ofício de psicanalista além de sugerir uma viagem para a sua afastada cabana na floresta, a proximidade para ele ajudaria o objetivo processar a perda.

A partir desse momento é impossível compreender as alegorias e simbolismos utilizados por Trier, possivelmente nem o próprio diretor teve a percepção exata do que estava fazendo, sua fábula de terror não representa mais que uma catarse visual da confusão mental em que se encontrava e do que ele acredita ser o sentimento avassalador da perda de um filho misturado a algumas referências bíblicas e imagens da natureza real e cruel.

O processo doloroso de cura de Trier nos entrega a uma jornada desconexa de poucas respostas, a solução de seu drama pessoal nos diz muito pouco e o resultado é questionável por pretender transmitir em imagens algo tão pessoal como uma melancolia de origem inconsciente.

Trier alcançou um ponto máximo em algumas imagens, porém já teve melhores momentos e o sexo explícito misturado ao horror já não é mais novidade.


Pontos Altos: Primeira cena (pelo menos ela vale à pena conferir), beleza nas imagens e não nas pessoas

Pontos Baixos: Divisão em capítulos já não é mais novidade, mutilações aflitivas

5 comentários:

Yona disse...

Sou persistente no que diz respeito a filmes... por mais que eu ache chato ou não consiga entender, quero assistir até o final para pelo menos dizer que é uma droga. Esse filme em especial, não aguentei assistir nem a primeira hora e desisti: Definitivamente a grande porcaria de 2009!

Anônimo disse...

realmente,mto ruim mesmo.do começo ao fim é só chá de cadeira.isso está mais para um filme erótico do willem dafoe.hahaha.este filme está mais para aqueles filmes cult,bem chatinho mesmo...Insônia?assista este filme...

Anônimo disse...

Lixo!!!

Anônimo disse...

Dizer que as alegorias e simbolismos do filme são incompreensíveis é uma afirmação precipitada. Seria mais pertinente assumir que não conseguiu captar algumas coisas e, portanto, não tem como analisar a obra como um todo. Melhor seria abster-se de comentar.
Lamento, mas o filme tem a coesão e a coerência que o autor do texto e os que comentaram antes de mim querem negar. Se não é para todos os públicos, paciência,pois acredito que certas obras estão além de pequenos argumentos simplórios como "esse é bom" e "esse é horrível".
Respeito o direito das pessoas não apreciarem algo, mas creio que ele termina aí quando não existe base para uma crítica honesta, tornando insossas as afirmações de que trata-se de um lixo e etc.
Enfim, caso alguém se interesse, tenho um artigo que "esclarece" as opções narrativas do filme, dentro da lógica psicanalítica, provando que ele é simbolicamente riquíssimo.
Obrigado pela atenção.

Anônimo disse...

Acho o filme genial. Gostaria de ver a análise psicanalítica que o comentarista anterior sugere. Se possível, passe o link ou uma forma de contato. Obrigada!