quinta-feira, 12 de março de 2009

Milk - A Voz da Igualdade (Milk)

Diretor: Gus Van Sant

Elenco: Sean Penn, Josh Brolin, Emile Hirsch, James Franco, Diego Luna, Brandon Boyce, Kelvin Yu, Lucas Grabeel, Alison Pill, Victor Garber

Gênero: Drama

Ano: 2008







“Eu não chego aos 50 anos”. A frase dita por Harvey Milk define a consciência da fragilidade da vida do importante ativista político do movimento gay americano dos anos 70.

Harvey Milk era um homem com grande visão e muita perspicácia, não era um indivíduo extraordinário, mas a sua vida dentro do armário até os 39 anos começou a mudar quando aos 40 ele resolve lutar por alguns poucos direitos dos homossexuais. Na época havia grande repressão e era muito difícil ter liberdade em qualquer espaço público quanto mais algum tipo de direito civil.

O cenário era dos piores, mas aos poucos, com muita persistência Harvey e seu namorado Scott conseguem cooptar politicamente outros gays, o que fortaleceu sua luta e culminou na eleição de Harvey para um importante cargo de São Francisco, lugar que até hoje colhe os frutos da luta incansável de pessoas como Harvey.

Gus Von Sant inesperadamente não opta por grandes inovações e planos de câmera diferenciados, o principal aqui é contar uma história e dizer que os poucos direitos conquistados pelas “minorias” não vieram e nunca virão sem luta, sangue e muito sofrimento.

Apesar das dificuldades a persistência é o ponto definidor dos momentos gloriosos de conquista de justiça, infelizmente temos na atualidade pouco ativismo político o que denota uma ausência de figuras corajosas e carismáticas que consigam atrair atenção para a luta dos direitos civis.

A escolha de elenco de Milk é essencial na construção do filme, Sean Penn é extraordinário e mimetiza todos os movimentos de Harvey de forma natural e empática, seu maior parceiro de vida Scott é interpretado por um James Franco absolutamente carismático e encantador.

Gus Von Sant decepciona um pouco na forma para dar ênfase ao conteúdo, uma opção questionável por alguns, mas absolutamente adequada que dá o destaque ao que deve ser contado de fato.


Pontos Altos: Sean Penn que já deve ter saído das gravações com o Oscar em punho, cinebiografia bem realizada, beleza das cenas finais, cena do apito que lembra o velho Gus Von Sant, Emile Hirsch excelente em sua afetação, James Franco como um ator de verdade

Pontos Baixos: Com vinte minutos a menos a história seria mais dinâmica

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