Diretor: Ella Lemhagen
Elenco: Gustaf Skarsgard, Torkel Petersson, Tom Ljungman, Annika Hallin, Jacob Erickson, Anette Sevreus
Gênero: Drama/Comédia
Ano: 2008
Selecionado para encerrar o Festival de Toronto o sueco Patrik, idade 1.5 possivelmente não deve chegar às locadoras brasileiras, mas talvez ainda tenha sua vez em algum Festival de Cinema em São Paulo ou Rio de Janeiro.
Um casal ao se mudar para um subúrbio sueco com seus belos gramados e jardins se candidata a adoção de crianças estrangeiras, sem sucesso na empreitada específica tentam a segunda via que seria encontrar esta oportunidade em seu próprio país.
Pouco tempo depois recebem uma carta com a descrição de um menino e antes de sua chegada decoram o seu quarto com muito carinho e dedicação, inicialmente eles estranham a descrição numérica com um ponto, mas logo ignoram o fato e aguardam a criança com seus dois anos incompletos.
Até aí a descrição do filme sueco não traz nada de muito interessante, porém importantes detalhes não devem ser omitidos.
Sven e Gorän são dois homens casados que buscam a adoção, sendo que o primeiro já tem uma filha adolescente de um antigo casamento, além disso, um erro tipográfico os faz aceitar um rapaz de 15 anos criado em lares, já crescido e de comportamento quase criminoso.
Para complicar ainda mais, o garoto rebelde não vê com bons olhos os seus candidatos a pais e os chama constantemente de homos e pedófilos, o preconceito da sociedade e do garoto não é o grande problema na relação, o suposto engano é o iniciador de uma série de eventos e desencontros que finalmente culminam num final feliz.
Patrik 1.5 é um “feel good” movie com um tema delicado tratado de forma natural, o casal gay não é aceito com naturalidade excessiva e nem sofre preconceito de todos, a posição intermediária é mais condizente com a realidade e evita o levantamento de bandeiras ou qualquer tipo de manifestação política.
O garoto Patrik se revela aos poucos e conquista a confiança e o coração do público e Gorän num desses processos de redenção tão abordados no cinema.
O drama sueco tem toques de humor, uma bela fotografia, trilha bem colocada e uma mensagem bonita sem soar opressora.
Pontos Altos: Fotografia, trilha, discussão
Pontos Baixos: Um pouco de clichês de relacionamento, mas quase indolor
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